O incidente deixou "pelo menos 40 feridos", oito deles em estado grave", acrescentou a MAP, citando fontes médicas. As chamas começaram no quinto pavilhão às 23 horas de quinta-feira (horário de Brasília) e depois se propagaram por mais três alas, "asfixiando vários prisioneiros", informou a agência.
A origem do incêndio ainda não foi determinada. Segundo as primeiras informações da MAP, teria sido causada por curto-circuito. O último incidente deste tipo numa prisão do Marrocos aconteceu no dia 18 de agosto, resultando em duas mortes e 23 pessoas feridas no centro penitenciário de Suk Larba (100 km ao Norte de Rabat). Este incêndio também foi atribuído a um curto-circuito.
Este acidente foi o mais grave registrado na história carcerária do Marrocos, recordou o advogado Aberrahim Khamai, presidente do Observatório Marroquino de Prisões (OMP). Para ele, trata-se de um verdadeiro "escândalo", causado "pela falta de manutenção das prisões".
O rei Mohammed VI expressou suas condolências aos familiares das vítimas e pediu ao atual primeiro-ministro, Abderrahman Yussufi, e a seu sucessor já designado, Driss Jettu, que fossem ao local da tragédia.
O rei ordenou ao ministro da Justiça que inicie de imediato uma investigação para esclarecer as causas do incêndio.
Localizado no perímetro urbano de El Khadida, o presídio de Sidi Mussa, com capacidade para mil pessoas, aloja atualmente 1.313 presos, indicou a agência MAP.
Os feridos foram levados para o hospital Mohammed V, na capital.
O número de presos no Marrocos praticamente duplicou nos últimos 10 anos, passando de 31.230 a 57.308 pessoas em 2001, indicou no último mês de outubro Hassan Hamina, um funcionário da administração penal.
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