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Scolari chega para 'curar carência'
Thiago Silva
Com Agências
16/07/2010 | 07:33
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Após sete anos na Europa e um na Ásia, Luiz Felipe Scolari poderia até trabalhar como psicólogo se quisesse. Apresentado ontem pelo Palmeiras, o treinador volta ao clube - a primeira passagem foi entre 1997 e 2000 - para curar a carência de títulos importantes do time. O último, aliás, foi a Copa Libertadores da América, em 1999, justamente com ele no comando.

Mas não é apenas o Palmeiras que precisa de tratamento específico. Traumatizada com os vexames nas Copas de 2006 e 2010, a Seleção Brasileira precisa de um treinador que aguente a pressão até a Copa do Mundo de 2014, no Brasil. O presidente CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ricardo Teixeira, deixou claro que os erros passados não podem repetir. E quem seria o principal nome para o trabalho de cura? Scolari, pentacampeão em 2002.

Porém, entre as inúmeras respostas sobre Seleção, ele afirmou ontem que nem foi procurado pela CBF. "A única certeza é que estou no Palmeiras. Nunca trabalho em um lugar com olho em outro. Se tiver de sair, o presidente (Luiz Gonzaga) Belluzzo será o primeiro a saber. Não quero alimentar uma situação que não existe", afirmou Felipão, que agradeceu o a preferência dos brasileiros.

A torcida do Palmeiras, no entanto, é quem ele quer agradar realmente. E a missão não será fácil. Muricy Ramalho e Vanderlei Luxemburgo, técnicos de primeiro escalão, passaram pelo Verdão e não deixaram saudades. "Nosso projeto é a longo prazo. Sabemos que esse ano será difícil", afirmou o treinador, que vai ganhar R$ 700 mil mensais até o fim de 2012.

E ele mal chegou e soube da saída de Cleiton Xavier para o desconhecido Metalist Kharkiv, da Ucrânia, um dia antes do clássico com o Santos. Sem contar Diego Souza, que acertou com o Atlético-MG. "A grande dificuldade é trazer jogadores de reposição, pois o mercado está muito difícil e o clube onde eles atuam não estão dispostos a liberá-los. Essa temporada será de ajustes", explicou Felipão.

Um dos possíveis reforços é o meia Valdivia, do Al Ain (Emirados Árabes). O presidente do Palmeiras foi cauteloso ao comentar a negociação, que pode ser concretizada neste fim de semana. "Não posso garantir ao nosso torcedor um percentual. Não posso dizer o quanto está certo, se 50%, 60% ou 90%. O que interessa é que as conversas estão prosseguindo, mas não posso garantir que ele será contratado", explicou o mandatário.

Independentemente dos reforços, o psicólogo Felipão deu mostras como espera que seja a relação com os palmeirenses. "Ao torcedor posso dizer que nada mudou e meu envolvimento com o clube será ainda maior. Tenho uma carreira a encerrar". Agora, resta esperar como ele vai suprir a carência alviverde.

Patrocínio - A diretoria confirmou que a parceira com a Seguros Unimed foi ampliada. Além de estampar a roupa do treinador, a empresa terá sua marca nos uniformes dos jogadores, especificamente nos calção e na barra da camisa.




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