Confira a íntegra da nota:

"A greve dos motoristas e cobradores da cidade São Paulo é resultado da omissão da prefeitura, que, diante do impasse nas negociações, foi intransigente e em nenhum momento se dispôs a mediar ou buscar soluções que evitassem prejudicar a população. Para entendermos o impasse, é necessário explicar o contexto.

Ressaltamos que essa greve estava para acontecer no final de abril, quando as empresas de ônibus suspenderam o tíquete-refeição dos trabalhadores. Após a intransigência patronal, levamos a questão ao TRT (Tribunal Regional do Trabalho), onde ganhamos o direito ao tíquete. Já diante de novo impasse nas negociações para reajuste salarial, buscamos a negociação e fomos de novo ao TRT, que concedeu 8% de reajuste para a categoria. Diante de tal situação, como se não fosse parte do processo, a prefeitura preferiu ficar à margem das negociações.

Em seguida, recebemos a notícia de que as empresas recorreram ao TST (Tribunal Superior do Trabalho). Fomos ao TST para explicar as dificuldades da categoria e seu legítimo direito de repor as perdas salariais. Lembramos que a Prefeitura não tomou nenhuma atitude para tentar garantir no mínimo o reajuste que cobre as perdas do período. O que nos soa estranho é a suspensão do reajuste agora – o Tribunal decidiu que o reajuste seria de 6% em vez dos 8% determinados pelo TRT.

Enfatizamos que, se há algum irresponsável nessa história, é a prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, desacostumada a resolver problemas e pôr a mão na massa e que agora quer arrumar um culpado para suas omissões, por não conseguir solucionar os problemas da cidade que administra."

João Carlos Gonçalves (Juruna)
Presidente em exercício da Força Sindical