Setecidades Titulo Comemoração
Bombeiro precisa de fé, diz sargento
Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
03/07/2015 | 07:00
Compartilhar notícia


Vanderlei Salvador Onofre nasceu com nome de herói e desde pequeno alimentava o sonho de ser bombeiro. Aos 43 anos de idade e 13 de corporação, celebrou ontem, ao lado dos 427 colegas da corporação no Grande ABC, o Dia do Bombeiro, profissional responsável pelo resgate de pessoas feridas ou em situação de perigo e também pelo controle de incêndios. “É preciso ter força de vontade e fé. A técnica e o condicionamento a gente aprende no treinamento diário”, resume.

Por muito tempo o hoje sargento apenas alimentou o sonho na cabeça. Nascido em Santo André, ele começou a trabalhar como operário em indústria no Parque Capuava. “Era montador de motor. Mesmo com a vontade que sentia de ser bombeiro, segui na profissão até os 30 anos. Foi quando decidi prestar a prova para a corporação, só para ver como era. Acabei passando e estou aqui até hoje”, contou.

Ele chegou a atuar por sete anos na Zona Leste da Capital até ser transferido para Santo André. Atualmente Salvador é responsável pelo comando de uma das unidades, chamada AB Tático, caminhão que comporta mais seis homens.

Desde o momento em que é avisada da ocorrência, a equipe tem um minuto para sair da base, localizada na Avenida Prestes Maia. Antes disso, o máximo de informações é colhido para preparar o caminhão e colocar roupas de mergulho ou para entrada na mata, por exemplo.

O sargento tem na memória duas importantes ocorrências nas quais atuou. A última foi o incêndio em tanques de combustível em Santos, em abril, que durou oito dias. O resgate de 40 pessoas em Paranapiacaba no ano passado também faz parte de suas recordações profissionais. “Ocorrências em que as pessoas se perdem em matas fechadas são bem difíceis. Aqui temos especialistas nisso, mas geralmente a vítima não tem ideia de onde está e nosso trabalho é encontrá-la. Lembro a expressão de alívio no rosto de cada um quando isso aconteceu”, disse.

Salvador é casado e tem uma filha de 10 anos. Segundo ele, a menina quer ser veterinária, mas não esconde o orgulho pela profissão do pai. “Ela conta para todo mundo que eu sou bombeiro.”  




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;