Cerca de 700 palestinos participaram nesta segunda-feira, na Cisjordânia, em uma concentração organizada por ocasião do primeiro aniversário da execução do ditador iraquiano Saddam Hussein, que gozava de grande popularidade nos territórios palestinos.

A manifestação, organizada na localidade de Halhul pela FLA (Frente da Libertação Árabe), um grupo palestino pró-Baath, o partido único sob o regime do ex-presidente iraquiano, começou com um minuto de silêncio em memória de Saddam Hussein.

Foram lidos poemas em homenagem a Saddam, enquanto os participantes agitavam bandeiras iraquianas e palestinas, assim como retratos do ditador. Depois realizaram uma paródia ao julgamento de Saddam e queimaram bandeiras americanas e israelenses.

No domingo, dezenas de simpatizantes de Saddam saíram às ruas de sua cidade natal, Auja, para lembrar o aniversário, entre fortes medidas de segurança pelos temores de distúrbios nas regiões sunitas do Iraque.

"É uma cerimônia simples para homenagear um presidente que serviu, protegeu e preservou a dignidade do Iraque e de seu povo", declarou Ali Al Nida, líder da tribo "baijat", a qual também pertencia Saddam.

Dezenas de líderes tribais árabes e estudantes, procedentes do reduto sunita que apoiou o antigo regime e seu partido recitaram versículos do Alcorão diante do túmulo de Saddam. O primeiro aniversário da execução do ditador passou em branco pela imprensa iraquiana.

Declarado culpado por um tribunal iraquiano de genocídio e crimes contra a humanidade, Saddam Hussein foi condenado a morte e enforcado. A execução foi gravada por alguém com um telefone celular e a difusão mundial deste vídeo provocou grande polêmica.