Cultura & Lazer Titulo Sensorialidade
'Corpo' traz mistério em cenário familiar
30/05/2008 | 07:03
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Corpo, outra das estréias de hoje nos cinemas, é o primeiro longa de Rossana Foglia e Rubens Rewald. E o corporal, o sensorial, é mesmo o que ele tem de melhor. Nota-se, na dupla de diretores, o desejo de ascender à essa dimensão física da imagem, tão difícil de conseguir. Por momentos, toca-se essa sensorialidade.

Que transita das cenas algo repulsivas do necrotério à celebração do desejo e do amor em outras seqüências. Quer dizer, do corpo morto faz-se a vida. E talvez seja esse o eixo para penetrar nos mistérios desse filme.

Ele segue uma trama aparentemente policial, mas que não passa de uma obsessão de legista. Artur (Leonardo Medeiros) depara-se com o corpo de uma mulher, estranhamente preservado depois de anos de morta. Ela foi desenterrada junto com várias ossadas, numa fossa clandestina que, supõe-se, seja de vítimas da ditadura militar. E então já temos outro referencial. O do presente com o passado político do País.

Artur age como detetive. Quer saber quem é aquele cadáver, livre de corrupção, que aparece junto com as ossadas. Para tal, enfrenta a tarefa de devassar os arquivos do Dops atrás de informações. Mas enfrenta também a oposição de sua chefe, a doutora Lara (Cris Couto), que faz tudo para encerrar o caso burocraticamente.




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