Enquanto a inflação não para de subir, superando até as expectativas dos especialistas do mercado financeiro, o custo do crédito segue em sentido oposto. Os consumidores experimentaram os menores juros dos últimos 15 anos, com média de 6,69% ao mês. O resultado é 0,05 ponto percentual inferior ao registro de setembro.

Os dados são de pesquisa apresentada ontem pela Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade). A série histórica teve início em 1995.

Para chegar à taxa média, a entidade apurou o custo do crédito nas operações do comércio, cartão de crédito, cheque especial, CDC (Crédito Direto ao Consumidor) e empréstimos pessoais dos bancos, e crédito pessoal das financeiras.

Transformando em taxa anual, o resultado de outubro foi 117,51%. A desaceleração ante setembro foi de 1,23 ponto percentual./CW

Por nota, a Anefac analisa que alguns fatores contribuíram para a redução de outubro. O primeiro é o bom momento econômico em que o País passa. O aumento da competição entres as instituições financeiras, que buscam oferecer melhores condições de crédito às famílias, e a queda da inadimplência completam os estímulos nacionais.

No âmbito internacional, a normalização do crédito no Exterior, pós-cenário de crise financeira, e do mercado externo e a volta do crescimento econômico nas principais economias, como a Europa, completam os pilares para a redução dos juros.

O cartão de crédito foi a única modalidade que não apresentou queda mensal nos juros e fechou com 10,69% ao mês.

A taxa mensal do comércio passou para 5,55% (-0,10 ponto percentual). O cheque especial desceu de 7,47% para 7,44% e o empréstimo pessoal de financeira ficou em 9,48%, contra 9,56% em setembro. O CDC desacelerou de 2,37% para 2,29% e o crédito pessoal dos bancos caiu de 4,69% para 4,67%