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Médica é resgatada em condiçoes extremas na Antártica
Por Do Diário do Grande ABC
17/10/1999 | 18:08
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O salvamento de uma médica norte-americana vítima de câncer na Antártica se transformou numa complicada missao em que a tecnologia e esforço humano foram levados ao extremo de seus limites, indicou este domingo o piloto do aviao que participou na operaçao.

Jerri Nielsen, médica norte-americana da estaçao de pesquisa Admundsen-Scott, no Polo Sul, foi evacuada por um aviao militar americano que conseguiu aterrissar este sábado na base localizada numa regiao marcada por uma temperatura próxima dos 50 graus abaixo de zero. O aparelho só permaneceu vinte minutos antes de decolar para McMurdo Sound, na Antártica, e dali para Christchurch, na Nova Zelândia.

O major George McAllister considerou este vôo um dos mais perigosos já realizados por ele até o momento. McAllister, piloto há doze anos de aparelhos equipados com esqui para pouso em gelo, assinalou que as condiçoes atmosféricas haviam melhorado ontem e permitiram a execuçao da operaçao de resgate.

O aviao, um Hércules C-130, em princípio nao podia voar se a temperatura externa fosse inferior aos 50 graus Celsius, já que tanto o combustível quanto as peças mecânicas poderiam congelar.

A dra. Nielsen, 44 anos e cujo estado de saúde é desconhecido em funçao do tratamento contra câncer feito com os poucos meios existentes na Antártica, e a única médica da base Amundsen-Scott e se viu obrigada a tratar de si mesma depois de ter descoberto, em julho passado, que padecia de câncer de mama.

Ante a impossibilidade de ser evacuada de maneira imediata por causa do inverno austral, um aviao norte-americano lançou medicamentos de pára-quedas para dar início a seu tratamento.

Através da Internet, ela foi aconselhada por outros médicos e realizou uma biópsia em si mesma, o que deu início a um autotratamento por quimioterapia, segundo informaçoes do jornal neozelandês Sunday Star-Times.




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