Os torcedores presentes ao Castelão, em Fortaleza, mereciam muito mais do que o 0 a 0 entre Brasil e México, ontem, pela segunda rodada da Copa do Mundo. Mas se o gol não saiu o grande culpado foi o goleiro mexicano Ochoa, que fez três grandes defesas e segurou a igualdade que manteve os times na ponta do Grupo A com quatro pontos. Camarões e Croácia, sem pontos, jogam hoje, às 19h, em Manaus.

Neymar chorou após a execução do hino, percebendo o tamanho da responsabilidade de carregar o sonho de 200 milhões de brasileiros. Apesar do discurso humilde e baseado na coletividade, ele sabe que o sistema de jogo do Brasil depende, quase sempre, do seu talento.

Bem marcado por dois, três e até quatro mexicanos, Neymar não conseguia se impor. Assim, apesar de o Brasil ter a bola, tinha dificuldade para criar.

A velocidade na troca de passes passou a ser aliada e foi assim que Oscar achou Fred na área, aos dez, mas o atacante errou o alvo.

Os mexicanos ameaçaram em chutes de Herrera, aos 23, e Vazquez, aos 40, mas o Brasil só não abriu o placar por conta de defesas fantásticas de Ochoa. Aos 25, ele espalmou cabeceio de Neymar e, aos 43, se atirou nos pés de Paulinho.

Felipão voltou do intervalo com Bernard na vaga de Ramires, escolhido para o lugar de Hulk, machucado, mas que ficou perdido entre atacar e marcar. O Brasil cresceu. Neymar, aos 17, cobrou falta que raspou a trave.

Os mexicanos continuavam arriscando chutes, mas o Brasil era mais objetivo. Aos 23, Neymar finalizou o Ochoa realizou outra grande defesa.

A ambição fez os times irem ao ataque e cada um perdeu uma chance. Aos 40, Thiago Silva cabeceou em cima de Ochoa e , aos 45, Jimenez obrigou Julio Cesar a espalmar. No fim, o empate foi razoável para as equipes, mas não para o torcedor, que fez a festa, mas deixou o estádio frustrado.