Está marcada para as 11h de hoje, em frente à BM&FBovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), na Capital, manifestação conjunta entre professores do campus Diadema da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e a UFABC (Universidade Federal do ABC). O ato contará com representantes de docentes, estudantes e servidores técnico-administrativos e tem expectativa de reunir 700 pessoas, segundo a presidente da Adunifesp (Associação dos Docentes da Unifesp), Virgínia Junqueira.

A reivindicação dos profissionais é por reestruturação do plano de carreira dos educadores em todo o Brasil. Atualmente, são quatro níveis de cargos - auxiliar, assistente, adjunto e associado -, divididos em quatro classes cada. A proposta é para divisão em 13 níveis remuneratórios, com variação de 5% entre eles a partir do piso de 20 horas correspondente ao salário-mínimo do Dieese - R$ 2.329,35.

Juntos, os campi Diadema da Unifesp e Santo André e São Bernardo da UFABC somam cerca de 12 mil alunos sem aulas e aproximadamente 630 docentes de braços cruzados. A greve atinge aproximadamente 1 milhão de estudantes em todo o País.

Alunos das duas instituições declararam greve em apoio aos docentes.

REUNIÃO
A força que a greve dos docentes federais do País ganhou é a esperança de representantes do Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) para reunião com o governo agendada para hoje. Depois de 27 dias de paralisação dos educadores de 52 instituições de ensino, a expectativa é de que seja aceita a reivindicação pela valorização da carreira da categoria.

O diretor do Andes, Mauricio Alves da Silva, ressalta que os grevistas esperam que o Ministério da Educação se posicione. "Desde que foi cancelada a reunião agendada para 28 de maio, estamos esperando uma resposta", comenta. Ele lembra ainda que, ano passado, o Andes assinou acordo emergencial com o governo. Um dos principais pontos previa a reestruturação da carreira até 31 de março de 2012.