Política Titulo Comissionados
Kiko emplaca projeto que permite aumento a comissionados

Câmara de Ribeirão Pires aprova medida
que acresce salário e jornada para apadrinhados

Por Felipe Siqueira
Especial para o Diário
15/02/2017 | 07:00
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Ricardo Trida/Arquivo DGABC


Depois de anunciar medidas de austeridade e reclamar das dívidas herdadas, o prefeito de Ribeirão Pires, Adler Kiko Teixeira (PSB), emplacou na Câmara projeto de lei que possibilita o Executivo aumentar gastos da máquina pública com cargos em comissão.

Aprovado por unanimidade, o texto de autoria da administração revoga a medida do ex-prefeito Saulo Benevides (PMDB), que reduzia a jornada de trabalho de cargos comissionados de 40 para 34 horas e cortava também os salários desses profissionais, de forma proporcional, ou seja, em 15%. Na época, Saulo pretendia diminuir os gastos em R$ 137,4 mil por mês.

Agora, a carga de trabalho volta às 40 horas semanais e, consequentemente, retira a redução de 15% dos salários em vagas de confiança.

A Prefeitura, por meio de nota, informou que essa ação é necessária, pois não é mais possível o funcionamento da máquina pública com menor carga de trabalho. O Paço afirmou que não vai aumentar custos com funcionalismo. Isso porque o número limite de cargos comissionados não será atingido, assegurou o governo. A Prefeitura se comprometeu com o Legislativo a reduzir a quantidade de cargos de livre provimento.

Ainda em nota, o Paço informou que a jornada do prefeito, do vice-prefeito e de todos os secretários não será alterada, bem com o salário atual será mantido. Assim, os políticos seguirão com 34 horas semanais e 15% a menos de vencimentos em relação às 40 horas.

Porém, o presidente da Câmara, Rubão Fernandes (PSD), contradisse o governo Kiko. Ele afirmou ao Diário que a medida afeta, sim, todo o Executivo. Ou seja, o secretariado, vice-prefeito e prefeito vão voltar a trabalhar por 40 horas por semana e, assim, tornam a receber o valor sem o desconto proporcional.

Para o presidente da Casa, o corte dos salários, por causa da carga horária reduzida, causou saídas de profissionais da cidade. “Vou dar um exemplo, o secretário de Saúde (Ricardo Carajeleascow) recebeu uma proposta melhor e saiu da cidade (foi ser superintendente do Complexo de Saúde Doutor Radamés Nardini, em Mauá)”, disse. “Tem muito profissional que não está vindo trabalhar na cidade por causa da carga horária e valores salariais (reduzidos)”, completou.

No começo do ano, Kiko anunciou congelamento de 25% do Orçamento previsto para 2017, além de revisão de contratos para reduzir a quantia que deve ser paga às empresas que prestaram serviços à Prefeitura. Os valores dos dividendos ultrapassam a faixa dos R$ 223 milhões. 




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