Diante esvaziamento da legenda e frágil chapa de candidatos a vereador, o diretório do PT de São Caetano avalizou há uma semana a candidatura do presidente do partido na cidade, Márcio Della Bella, ao Paço em outubro. Apesar da definição, petistas da região acreditam que a legenda não terá prefeiturável em São Caetano.

Filiados na cidade negam, mas nos bastidores especula-se a necessidade de o partido concentrar forças em cidades consideradas estratégicas para o petismo, como São Bernardo e Diadema, onde o partido tentará retomar a hegemonia com o vereador Manoel Eduardo Marinho, o Maninho. Nesse contexto, em vez de Della Bella sair candidato, auxiliaria na campanha do secretário Tarcisio Secoli (PT, Serviços de Urbanos e de Coordenação Governamental) em São Bernardo.

Escalado pelo prefeito Luiz Marinho (PT) para tentar manter o partido no comando do Paço, Tarcisio patina em pesquisas eleitorais. A coordenação da campanha do petista também passa por turbulências. Della Bella atua no gabinete de Marinho. “Não existe essa possibilidade (de não integrar o páreo de outubro). Eu posso muito bem sair candidato e a gente continuar ajudando outros companheiros”, refutou Della Bella.

Internamente, porém, petistas alertam que candidatura majoritária em São Caetano não terá estrutura financeira do partido, inviabilizando candidatura ao Palácio da Cerâmica. Até mesmo a chapa de candidatos a vereador está enfraquecida, após as saídas do vereador Pio Mielo (foi para o PMDB) e do primeiro suplente Ricardo Rios (migrou para o PR), além das aposentadorias políticas de quadros históricos, como os ex-vereadores Hamilton Lacerda e Vera Severiano.

O PT de São Caetano foi o último entre os diretórios petistas da região a definir prefeiturável. Inicialmente, a candidatura do ex-presidente do Sesi Jair Meneguelli (PT) foi arquitetada, mas o nome do petista perdeu força internamente depois de sucessivos resultados negativos em pesquisas internas.