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Exame de DNA de juiz morto no Paraguai gera especulaçoes
Do Diário do Grande ABC
05/10/1999 | 15:54
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O Coordenador do Instituto de Medicina Legal (IML) de Cuiabá, Alinor Costa, afirmou que está aguardando o resultado dos testes de DNA em partes do corpo do juiz Leopoldino Marques do Amaral, assassinado no dia 7 de setembro supostamente por traficantes de drogas no Paraguai. Os exames estao sendo feitos pela Unicamp- Piracicaba.

Entretanto, segundo informaçoes extra-oficiais, os exames já teriam sido concluídos e apresentaram resultados negativos, levantando inclusive, suspeitas de que Leopoldino Amaral nao seria pai legítimo de um de seus seis filhos que doou sangue para o DNA.

"Nao existe DNA pronto. Os exames ainda estao sendo realizados pela Unicamp e podem demorar até 90 dias. As informaçoes sao falsas e estao sendo utilizadas como métodos de quem está querendo tumultuar um processo legal. Até o presente momento, nao existe dúvida de que o corpo enterrado em Poconé é do juiz Leopoldino Amaral", disse.

De acordo com Alinor Costa, os exames foram confirmados pelo laudo papiloscópio e arcada dentária feitos por uma equipe de odonto-legal do IML de Cuiabá, mas que por exigência do presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Wandir Clayt Duarte, o IML mandou amostras do sangue do juiz e de sua família para a Unicamp.

Alinor Costa reagiu às informaçoes justificando que esteve na Unicamp, em Sao Paulo, na sexta-feira da semana passada, para levar amostras de sangue de outros parentes de Amaral. Alinor disse que recorreu aos parentes diretos (mae, dois irmaos e uma irma do juiz ) para complementaçao do exame de DNA que está sendo feito em um dente e parte do fêmur retirados do corpo de Leopoldino.

As primeiras amostras foram encaminhadas à Unicamp, no dia 16 do mês passado. Segundo Alinor Costa, os exames de impressoes digitais feitos em Amaral apresentaram 17 pontos idênticos ao do juiz. Quando o normal sao 12 pontos de semelhanças para que o laudo pericial possa identificar o corpo de vítimas em estado de decomposiçao.

O secretário de Segurança Pública no estado, Hilário Mozer, considerou absurda a possibilidade de o resultado do DNA ter sido negativo. "Nao tenho dúvida de que o corpo é do Amaral. Depois, se der negativo, tem a contra prova. Mas nao vai dar negativo", ratificou.

Essa nao é a primeira vez que pairam dúvidas em torno do misterioso assassinato do juiz Leopoldino Marques do Amaral. Semanas atrás, o juiz de Mato Grosso, Dirceu dos Santos, causou polêmica na magistratura mato-grossense quando declarou durante um Congresso da Magistratura ocorrido na cidade de Gramado-RS, que acreditava na possibilidade de Leopoldino estar vivo.

As suspeitas de Dirceu dos Santos estavam relacionadas justamente ao resultado do DNA feito na arcada dentária e no fêmur do juiz que ainda está sem o resultado da Unicamp.




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