Seis anos depois, o São Paulo tem a oportunidade de se vingar do Once Caldas. Hoje, às 21h10 (horário de Brasília), o Tricolor enfrenta a equipe colombiana, em Manizales, pela Copa Libertadores.

Na edição 2004 da competição, o São Paulo amargou a eliminação na fase semifinal do torneio após perder para o mesmo adversário desta noite por 2 a 1, no Estádio Palo Grande.

Mesmo tendo sido campeão da Libertadores no ano seguinte, o lateral-direito Cicinho admite que este resultado ainda está atravessado na garganta tricolor. "Acabamos derrotados em 2004, quando todo mundo já esperava a cobrança de pênaltis. É uma equipe que está engasgada mesmo, nos tirou a chance de título. É um jogo especial para nós".

Sem contar com as orientações do técnico Ricardo Gomes (veja ao lado), o São Paulo busca sua vingança sob o comando do auxiliar Milton Cruz, que enfrentou alguns problemas para definir o time desta noite.

Os zagueiros Renato Silva e André Luís, o lateral-esquerdo Junior César e os atacantes Dagoberto e Fernandinho nem viajaram para a Colômbia. Alex Silva e o volante Rodrigo Souto estão com o grupo, mas não têm condições físicas de aguentar os 90 minutos porque ainda não participaram de nenhum jogo nesta temporada.

"É sempre ruim jogar fora de casa na Libertadores", admite Cruz, que tem objetivo modesto em Manizales. "Um empate já seria bom. Depois a gente vai ter oportunidade de fazer o resultado no Morumbi."

Além dos desfalques e da força do adversário, o Tricolor terá de superar o desgaste pela viagem de 12 horas até o local do jogo e a altitude de 2.150 m. Cicinho minimizou o último obstáculo e garantiu estar confiante. "A altitude não atrapalha muito, mas a bola fica mais rápida e eles têm uma equipe veloz. Estamos tranquilos. Será uma grande partida e espero que a gente possa sair com a vitória."

Confiança compartilhada pelo atacante Washington, que tem a possibilidade de se tornar o maior goleador do São Paulo na história da Libertadores. Atualmente, Muller, Palhinha, Pedro Rocha e Rogério Ceni dividem este posto, com dez gols cada. Em duas temporadas, Washington já soma cinco gols no continental.

"Quem sabe eu possa entrar para história. Claro que prefiro ser campeão, mas se tiver esta oportunidade seria magnífico", disse o Coração Valente. "Tenho uma história boa na Libertadores. Não conquistei título, mas quase cheguei lá. Espero que este ano eu consiga, pois é o grande objetivo do clube."

Contra o Monterrey, primeiro adversário do Tricolor no torneio, Washington marcou os dois gols da vitória e quer mais neste jogo. "Estes gols me deram mais confiança e espero continuar neste ritmo. Uma vitória contra o Once Caldas será um grande passo para a classificação", completou.