Economia Titulo Investimentos
Agências se preparam para aderir a fundo garantidor
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18/02/2010 | 07:00
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Agências de fomento e bancos de desenvolvimento regionais que integram a ABDE (Associação Brasileira de Instituições Financeiras de Desenvolvimento) preparam-se para aderir ao FGI (Fundo Garantidor de Investimento), do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

As 24 associadas, que somam cerca de R$ 3,5 bilhões em carteira, querem aproveitar a resolução do CMN (Conselho Monetário Nacional), aprovada no fim de janeiro, que permitiu a compra de cotas de fundos garantidores de risco de crédito para aumentar a oferta para pequenos empreendedores neste ano. A ação dos bancos regionais será complementar à do BNDES e a adesão deve aumentar o patrimônio líquido do fundo, hoje em torno de R$ 700 milhões. A resolução do CMN atendeu a pedido da ABDE. Segundo o presidente da entidade, Maurício Chacur, a falta de garantia é um dos principais obstáculos para a concessão de empréstimos para pequenas empresas.

Embora ainda não tenha estimativa do impacto da medida na capacidade de alavancagem dos agentes, ele acredita que o acesso ao FGI facilitará o financiamento de pequenos negócios. "Garantia é sempre um problema quando a gente vai conceder crédito. E quanto menor a empresa, maior a dificuldade para comprovar capacidade de pagamento ou oferecer bens como garantia."

Chacur explica que o principal alvo das instituições ligadas à ABDE é o fundo do BNDES, que pode chegar a R$ 4 bilhões. Entidades regionais como o BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul) ou a Caixa RS poderão comprar cotas do FGI no valor de 0,5% do montante que querem garantir. O fundo honra 80% da dívida de inadimplentes, com limite de até 7% da carteira.

A resolução do CMN também autorizou os agentes regionais a comprar cotas de fundos com aplicações exclusivas em títulos públicos. Até agora, só podiam comprar os papéis diretamente, reduzindo a liquidez dos ativos.




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