Economia Titulo Pesquisa
Na região, 47,9% têm
TV de tela fina em casa

Mais da metade das famílias assina pacotes de
canais por assinatura, aponta pesquisa Inpes/USCS

Pedro Souza
17/03/2013 | 07:00
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A TV de tela fina está entrando na lista dos sonhos de consumo da região. De 2009 para 2012, cresceu 221% o número de famílias que têm esses aparelhos, seja de LED, LCD ou plasma. Com isso, no fim do ano passado, quase metade delas assistia aos seus canais favoritos nessas televisões, ou 47,9% das residências. Há quatro anos, apenas 14,9% tinham esse privilégio. Em relação a 2011, aumentou em 25% o percentual de casas com esses eletroeletrônicos.

Em parceria com a TV de tela fina, os pacotes de canais fechados formam a dupla de produto e serviços que tiveram o maior crescimento de presença nas casas, no ano passado na comparação anual, com expansão de 10,8%. Ao todo, 54,3% das famílias pagavam TV por assinatura.

As informações são de recorte da mais recente Pesquisa Socioeconômica do Inpes/USCS (Instituto de Pesquisas da Universidade Municipal de São Caetano). Os dados são de entrevistas com moradores das sete cidades e, após aplicação de estatística, apresentam as características aproximadas da região.

Na avaliação do coordenador do Inpes/USCS, Leandro Prearo, além do desejo de ter uma TV de tela fina, que pode estar associado ao status, as famílias foram beneficiadas com a redução de preços desses aparelhos ao longo dos anos. "Você acha uma televisão de 32 polegadas, por exemplo, por R$ 800, e que pode ser parcelada em várias vezes."

Na Grande São Paulo, o preço da TV caiu 13,88% em 2012, segundo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia de Estatística). Conforme a equipe do Diário publicou em janeiro, os preços desses eletroeletrônicos diminuíram, em média, 12 vezes de 1970, quando começou a entrar nas residências, até o ano passado.

Prearo analisa que no caso da assinatura de canais fechados, a baixa renda está cada vez mais beneficiada pelas operadoras de telecomunicação, que vendem promoções direcionadas a esse público. Sem contar o aumento da renda do trabalhador e o baixo desemprego, que estimulam o consumo de supérfluos.

Apenas 30% dos domicílios da classe C no Grande ABC contam com a presença de um automóvel; 3% contratam diaristas

Segundo o coordenador do Inpes/USCS, Leandro Prearo, os estímulos do governo federal no setor automotivo, como a desoneração do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e medidas para a redução dos juros, não tiveram um efeito de inclusão ao consumo de veículos para as famílias com menor renda. Segundo a Pesquisa Socioeconômica, no ano passado apenas 30,7% das famílias da classe de consumo C tinham, no mínimo, um carro. Enquanto isso, 93,3% da classe B e 94,8% da A possuíam esse bem. O levantamento aponta que não consta a presença de automóveis nos domicílios das classes D e E, assumindo margem de erro metodológica de 3 pontos percentuais.

Prearo cita ainda como interessante a presença de empregadas diaristas em apenas 36%, 14% e 3% dos domicílios, respectivamente, das classes A, B e C.

 

 




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