Economia Titulo Produção
Fabricantes de uniformes investem em inovação

Empresas da região procuram diversificar produtos e mercados para driblar retração da atividade no ano passado

Leone Farias
17/03/2013 | 07:00
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André Henriques/DGABC


Empresas da região que fabricam roupas profissionais (os uniformes dos trabalhadores) investem no desenvolvimento de produtos e em novas áreas de atuação para driblar a retração da atividade industrial, observada  ano passado.

Segmento bastante sensível ao desempenho da economia, essa indústria costuma ter aumento de encomendas quando o cenário econômico é favorável, e redução, em períodos de crise, observam executivos do ramo.

Para se sobressair às turbulências, a Moais, que tem sede em São Bernardo, tem feito parcerias com multinacionais (entre elas Dupont, Outlast e Refletive) para desenvolver uniformes que combinem diversos tipos de tecidos inteligentes.

O gerente comercial Sérgio Taqueuti cita como exemplo roupas feitas com tecnologia que regula a temperatura, evita em 40% a transpiração e ainda são impermeáveis. A empresa também confecciona jaquetas com material à prova de fogo, que conta ainda com refletivos (que brilham no escuro, para garantir visibilidade a empregados em atividades de risco) mais resistentes. Com essas aplicações, entre outras, a companhia atende hoje clientes de peso, como Ambev, Petrobras, Volkswagen, Firestone e também as Forças Armadas e polícias militares de São Paulo e do Ceará.

Junto com o desenvolvimento de produtos, a empresa investe neste ano R$ 6 milhões em nova fábrica, em João Pessoa (na Paraíba), que terá condições de produzir 40 mil peças por mês dentro de dois anos. Com esta, passará a contar, ao todo, com dez fábricas espalhadas pelo País, além de outras duas no Exterior (na China e no Vietnã) que, juntas, fabricam 180 mil peças mensalmente.

A estratégia focada em inovação e no aumento da produção permitiu à Moais crescer 60% em faturamento em 2012 - fechou com R$ 70 milhões em vendas -, afirma o diretor Edinson Acuna Munoz. Ele projeta incremento de 35% neste ano.

HOTELARIA - Outra empresa da região, a Sarro Trajes, investiu R$ 8 milhões em máquinas e nas instalações de nova fábrica em São Bernardo, que entrou em operação no início do ano. Com isso, a capacidade de produção da unidade fabril, criada há 12 anos, passou de 15 mil peças de roupas mensais para 80 mil. Atualmente, a empresa produz 20 mil peças mensalmente, das quais cerca de 3.000 são destinadas ao setor hoteleiro.

A expectativa da empresária Sandra Sarro é que as vendas para hotéis puxem o crescimento neste ano, respondendo por 30% da ocupação da fábrica, ou seja, por volta de 24 mil peças mensais. Apenas a rede Accor, com quem fechou contrato de cinco anos, conta hoje com 150 unidades no País. Um hotel com 60 funcionários exige, em sua implementação, entre 350 e 400 uniformes.

O potencial de expansão do mercado de hotelaria e turismo, com a Copa do Mundo de 2014 e as Olímpiadas de 2016, é a aposta  da empresa. Além de ampliar a produção, a companhia inaugurou loja conceito e lançou coleção inspirada nesses eventos esportivos.

 

 




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