Setecidades Titulo
Sabesp divulga taxas de coleta de esgoto
Por Adriana Ferraz
Do Diário do Grande ABC
31/03/2008 | 07:21
Compartilhar notícia


O mapa mostra as diferenças de acesso a saneamento básico em São Bernardo. Enquanto moradores da região Norte (Paulicéia, Rudge Ramos, por exemplo) alcançam índice superior a 95% na coleta de esgoto, residentes nas áreas que cercam a Billings registram menos de 50% de rede e despejam os resíduos diretamente no manacial. São cerca de 30 mil imóveis em áreas invadidas.

O levantamento exclusivo produzido pela Sabesp a pedido do Diário mostra, ainda, que na faixa intermediária, os percentuais variam entre 50 e 95% em áreas com altos contrastes sociais e econômicos. Caso dos bairros Planalto, Nova Petrópolis, Demarchi e Montanhão.

Mas segundo a Sabesp, os contrastes têm data para serem equilibrados. O superintendente da unidade de negócios Sul da companhia, Roberval Tavares de Souza, afirma que, até 2011, o município terá a média de 90% de coleta de esgoto.

“Esta é a marca considerada padrão por critérios internacionais. Não se consegue atingir 100% na rede pública, seja por questões técnicas ou pessoais. Há munícipes que optam por coletar e tratar seus esgotos em fossas, e por isso não pagam taxas, e outros que estão abaixo do nível da rua, o que impede a coleta”, diz.

Do total de habitantes de São Bernardo, estimado hoje em 800 mil pessoas, cerca de 180 mil vivem em áreas de manancial, que contam com apenas duas estações de tratamento isolado: Riacho Grande e Pinheirinho. Déficit, que segundo a Sabesp, será resolvido (ou pelo menos amenizado) com três ações.

“O primeiro é o programa Mananciais, que permitirá a construção de 126 quilômetros de rede para a população dos bairros Alvarenga e Riacho Grande. O projeto de despoluição do Tietê, com início no ano que vem, possibilitará redes para bairros como Ferrazópolis, Santa Terezinha, Demarchi, Nova Petrópolis e Baeta Neves. Por último, temos o financiamento do banco japonês, que deve sair em maio, para benefício dos moradores da região do Alvarenga, bastante adensada.”

A companhia reconhece que o conjunto de intervenções é urgente. O município trata apenas 1/3 dos esgotos produzidos, o que equivale a 21 milhões de litros por dia.. O restante volta para a natureza por córregos poluídos e acessos abertos por loteamentos clandestinos.

A expectativa é de que o projeto de lei específica da Billings – criticada por ambientalistas por permitir expansão territorial – amplie o acesso a redes em áreas de mananciais. “A regularização das moradias é um fato positivo para a questão da saúde pública. Vamos poder entrar e fazer as ligações. Isto deve colaborar para aumentar os índices”, finaliza o superintendente.



Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;