Os trabalhadores da General Motors de São Caetano, em assembleia realizada ontem pela manhã na porta da fábrica, aprovaram reivindicação para que a montadora melhore sua proposta de PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e ofereça até R$ 16.560 de abono.

A empresa, que conta hoje com cerca de 11 mil trabalhadores nessa unidade fabril (dos quais 6.000 horistas, de áreas de produção) havia se disposto a pagar até R$ 15,6 mil. Esse valor seria oferecido se 120% da meta (que envolve volume de produção, qualidade e absenteísmo) for alcançada. Para 80%, a companhia pagaria R$ 10,4 mil e, para 100%, R$ 13 mil. Além disso, ela se comprometia a antecipar, no dia 11, o valor de R$ 7.200.

Durante a assembleia, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, colocou em votação proposta da entidade, para ser negociada com a fabricante: R$ 11,04 mil (para 80% do projetado), R$ 13,8 mil (100%) e R$ 16.560 (120%), com pagamento antecipado de R$ 7.500 já na sexta-feira. A reivindicação foi aprovada pela maioria. O dirigente também obteve o aval dos empregados para incluir, no acordo da PLR, cláusula de salvaguarda para a rediscussão das metas se houver algum fator que atrapalhe seu cumprimento (como a piora na situação do mercado).

Cidão avalia que há condições de avançar e obter o valor proposto. Os R$ 13 mil (no caso de 100% da meta) correspondem ao mesmo montante fechado em 2013, e o pleito incorpora 6,15%, maior que os R$ 13 mil (para a reposição da inflação). Agora, o sindicato deve se reunir novamente com a direção da GM para negociarem o que foi aceito em assembleia.

Procurada pela equipe do Diário, a montadora informou que ainda não tinha posição oficial sobre a negociação do PLR, mas que deverá ter hoje.

Essa também é a expectativa de Cidão. Segundo o dirigente, se as discussões se prolongarem, não dará tempo para que a empresa faça o pagamento da antecipação na sexta-feira.