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Violência contra jornalistas será tema de debate em Brasília
Rogério Santos
do Diário do Grande ABC
23/06/2012 | 07:00
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O deputado federal William Dib (PSDB) vai presidir audiência pública em Brasília para discutir a segurança para o exercício do jornalismo no Brasil. A plenária será realizada dia 3.

Segundo pesquisa da ONG suíça Campanha Emblema de Imprensa, o Brasil é considerado atualmente o segundo país mais perigoso para a imprensa, perdendo apenas para a Síria, território em constante conflito interno. Entre 1982 e 2007, 42 jornalistas foram mortos no Brasil. Em 2012, já ocorreram quatro assassinatos.

"A maioria dos casos está associada a questões políticas e a impunidade chega a 90% dos casos", disse Dib.

Foram convidados para a plenária o SJSP (Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo), Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), Fenaj (Federação Nacional de Jornalistas), a ABI (Associação Brasileira de Imprensa) e a ANJ (Associação Nacional de Jornais). "Precisamos discutir isso e encontrar caminhos junto às instituições, empresas jornalísticas. Caminhos para que o repórter não fique tão vulnerável", frisa o tucano.

Representantes dos ministérios da Justiça, Comunicações e Relações Exteriores também são aguardados no evento. "Existe um documento da Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura) em favor da defesa da profissão de jornalista e o Brasil se negou a assinar. Nós gostaríamos que esse documento fosse assinado."

Além da segurança, a plenária vai debater também o assédio moral aos jornalistas, que muitas vezes, ao denunciarem atos de corrupção, são repreendidos - alguns até perdem o emprego.

Diploma - Embora não seja tema do debate em Brasília, o fim da obrigatoriedade do diploma para o exercício do jornalismo divide opiniões. Em junho de 2009, os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) decidiram por 8 votos a 1 que o diploma não é obrigatório para o exercício da profissão.

A decisão gerou uma série de protestos de organizações de imprensa, que pediam a revogação da decisão. O Senado aprovou o retorno da obrigatoriedade do diploma. Agora, a votação vai para a Câmara.




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