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Deficiente auditivo não entende ladrão e leva tiro
Luciano Cavenagui
Do Diário do Grande ABC
16/12/2006 | 00:39
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Provavelmente por causa de problemas auditivos, o segurança Luiz Carlos de Assis, 60 anos, foi assassinado ontem no Parque Jaçatuba, em Santo André, durante uma tentativa de assalto a seu carro. Segundo a mulher de Assis, ele possivelmente não ouviu o ladrão dizer que era um assalto e acelerou o veículo. O assaltante deu um tiro, que atravessou o vidro traseiro e atingiu as costas do segurança. Nenhum dos dois ladrões foi preso.

O crime ocorreu às 5h30 na avenida dos Estados, no cruzamento com o viaduto Antônio Adib Chamas. Assis estava indo para o trabalho, na empresa Termomecânica, em São Bernardo. Dirigia seu Santana cinza ano 1998 e estava parado num semáforo.

Dois assaltantes se aproximaram e anunciaram o roubo. Um deles portava uma pistola calibre 9 milímetros e atirou contra o segurança após ele acelerar.

Em seguida, a dupla rendeu duas pessoas que ocupavam um Santana branco que estava atrás do carro da vítima e viram toda a ação.

Um dos ladrões apontou a pistola para o motorista e obrigou que saíssem do carro. Aproveitaram a ocasião para roubar também as carteiras dos dois.

Os assaltantes entraram no Santana e, em alta velocidade, foram no sentido Mauá pela avenida dos Estados. Perto do posto de gasolina Epsol, entraram na rua Ipiranga, no Parque João Ramalho, e abandonaram o Santana.

Um guarda municipal de Santo André que passava pela avenida dos Estados e ouviu o tiro dado contra Assis acionou socorro médico. O segurança foi levado para a Santa Casa do município, mas não resistiu aos ferimentos.

As polícias Civil e Militar foram chamadas, mas não conseguiram encontrar os assaltantes.

A mulher de Assis contou à polícia que, se seu marido tivesse ouvido a voz do assaltante, provavelmente não teria acelerado o carro, pois era segurança e sabia do risco que iria correr. A família mora no Parque João Ramalho, em Santo André.

Os ladrões aparentavam ter cerca de 20 anos e eram negros. Testemunhas que tiveram suas identifidades preservadas contaram que um deles estava muito nervoso e carregava uma sacola de supermercado. Esse ladrão tremia bastante e obedecia às ordens dadas pelo outro, que se portava como chefe.



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