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Um sobrevivente do ataque das abelhas
Por Rodrigo Cipriano
Do Diário do Grande ABC
21/11/2007 | 07:06
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O desempregado Reginaldo Batista dos Santos, 32 anos, sobreviveu ao ataque de abelhas que deixou um homem gravemente ferido e um cachorro morto e no domingo, no bairro Centreville, em Santo André.

“Quando estava sendo levado para a ambulância, sem conseguir respirar, e vi meu amigo caído no chão inconsciente sendo socorrido pelos médicos, achei que eu fosse morrer”, afirmou Santos.

Cazuza, como é conhecido, estava na calçada do mesmo bar da Avenida Sargento Silvio Rollemback onde o também desempregado e amigo Vlamir Aparecido Ferreira, 48 anos, o Cavalo, foi atacado pelo enxame.

Eles sabiam que havia uma colméia na luminária do salão de cabeleireiros em frente ao boteco, mas não se preocuparam, uma vez que as abelhas nunca atacaram ninguém.

“Foi tudo muito rápido. De repente, a gente viu uma nuvem preta vinda na nossa direção. Eram as abelhas. Não adiantava bater, gritar. Elas não iam embora.”

Cazuza buscou abrigo em um comércio, mas foi barrado. Correu para a sua casa, a um quarteirão de lá. Na porta, atirou a blusa que vestia e correu para o banheiro gritando por ajuda.

A maioria das picadas se concentrou no seu rosto e pescoço. “Senti cada ferroada. Não adianta eu descrever o que passei que ninguém vai entender. Foi uma coisa terrível”, disse Cazuza. O ataque só não foi pior porque ele vestia calça jeans e uma blusa de malha grosa e manga comprida.

Com uma pinça, sua irmã tirou os ferrões que ficaram cravados em sua pele. Ele não soube dizer quantos, mas garante que foram muitos.

Em seguida, passou álcool no local das picadas e foi tomar um banho.

Menos de dez minutos depois, saiu do chuveiro pedindo novamente ajuda. Estava com as mãos e a boca roxas e tinha dificuldades para respirar.

“Nessa hora, entreguei para Deus.” Ele foi levado por uma ambulância de resgate da Prefeitura de Santo André para o Pronto-Socorro da Vila Luzita, onde recebeu alta depois de cinco horas.



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