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Santo André decide montar terceiro hospital de campanha

Quadra poliesportiva da UFABC servirá para acomodar mais 100 leitos para pacientes com o novo coronavírus

Dérek Bitterncourt
Do Diário do Grande ABC
05/04/2020 | 00:01
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André Henriques/DGABC


Depois de anunciar a utilização do Estádio Bruno Daniel e dos três ginásios do Complexo Esportivo Pedro Dell’Antonia como hospitais de campanha na guerra contra a Covid-19, a Prefeitura de Santo André escolheu um terceiro local para somar 100 acomodações provisórias, caso da quadra poliesportiva da UFABC (Universidade Federal do ABC). A expectativa é a de que o espaço esteja pronto e equipado até o fim do mês. Desta maneira, a cidade terá aproximadamente 400 leitos para tratamento de pacientes com todas as complexidades do novo coronavírus.

Inicialmente os locais receberiam apenas casos leves e médios. Entretanto, a Prefeitura decidiu incluir também 30 leitos de UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) divididos nos três espaços – entre 5% a 10% do total de leitos. “Desde o início temos observado o perfil dos pacientes da Covid-19 que vieram a óbito ou foram entubados e o quadro se complica muito rapidamente, então é preciso ter estrutura preparada para este agravamento. Assim, estamos atrás de <CF51>kits</CF> UTI, com monitor multiparamétrico, bomba de infusão, oxímetro de pulso e respirador para poder garantir mais leitos de alta complexidade”, explicou o secretário de Saúde de Santo André, Márcio Chaves (PSD), que mantém o prazo de liberar na quarta-feira tanto o estádio quanto complexo Pedro Dell’Antonia para receber pacientes encaminhados das UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e do CHM (Centro Hospitalar Municipal).

Segundo o secretário, dentro das alternativas, as arenas esportivas oferecem a melhor estrutura para a montagem dos hospitais de campanha. “O Bruno Daniel tem vestiário, chuveiro, copa e cozinha, ou seja, tem conforto para os profissionais de saúde que lá trabalharão. Já o Dell’Antonia conta ainda com espaços compartilhados tanto para pacientes quanto profissionais, também dando certo conforto. E outros aspectos de ambos os locais, como acesso fácil para parentes, estacionamento para profissionais e visitantes. Tudo foi pensado”, declarou.

A estimativa de gasto com estes hospitais de campanha, equipamentos, profissionais e tudo mais que está envolvido gira em torno de R$ 10 milhões a R$ 12 milhões. “Não é possível cravar valor exato”, declarou o secretário. “Será investimento e custeio para período de 90 dias. Vamos manter por este tempo as ações para superar a crise”, complementou.

Além dos leitos, o Bruno Daniel e o Dell’Antonia terão à disposição dos profissionais da saúde laboratórios de análises clínicas e de imagem, com tomografia e raio-x, além de aparato de assistência farmacêutica. “É importante este apoio aos profissionais”, explicou Chaves.

Até o fim da semana, a Prefeitura espera que tanto os profissionais da saúde quanto os que estarão na retaguarda (limpeza, alimentação e transporte) estejam contratados, treinados e preparados. Serão aproximadamente 540 pessoas, 420 delas médicos, enfermeiros, farmacêuticos, assistentes sociais e psicólogos para a linha de frente. “Recentemente fizemos processo seletivo pela Fundação (do ABC) e estamos aproveitando. Mas também estamos abrindo a possibilidade de receber currículos”, admitiu o secretário.




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