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Desencanto é pela renúncia, afirma Doria

Em entrevista, ex-prefeito admite rejeição por saída: ‘Descontentamento não foi pela gestão’

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
13/09/2018 | 07:00
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Candidato do PSDB ao governo de São Paulo, João Doria atribuiu o aumento dos índices de rejeição à sua figura ao fato de ele ter renunciado ao cargo de prefeito da Capital, não pela sua gestão.

Em entrevista à Rede Globo, o tucano reconheceu que parcela do eleitorado que garantiu sua vitória no primeiro turno no pleito de 2016 se “desencantou” com sua decisão, mas afirmou que, como governador, poderá auxiliar a Capital.

“O desencanto não foi com a gestão, mas foi com a decisão (de renunciar após 15 meses de governo). E eu compreendo até a chateação de algumas pessoas que votaram em mim para que eu cumprisse o meu mandato à frente da prefeitura de São Paulo. Compreendo e respeito, mas tenho procurado dar uma boa resposta”, discorreu o tucano, ao ser indagado sobre compromisso firmado por ele em 2016 de que iria cumprir integralmente o mandato de prefeito.

“O governo do Estado, especificamente na Capital, tem participação muito ativa, muito importante. Eu me elegendo governador de São Paulo, vou poder ajudar o Bruno Covas (PSDB, atual prefeito da Capital), ajudar a cidade de São Paulo e os outros 644 municípios especificamente na área de Educação, Saúde, Habitação, Segurança Pública e transporte”, prosseguiu Doria.

Ao ser questionado a respeito de ampliar o número de Baeps (Batalhões de Ações Especiais de Polícia) e de unidades do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) pelo Estado a despeito de deficit de número de profissionais nas polícias Militar e Civil, Doria garantiu ser possível atingir as promessas. “Não estou aqui para discutir o passado e sim o futuro”, comentou, quando foi confrontado sobre a redução do efetivo durante os governos do PSDB, que se sucederam por 24 anos. “Hoje quem está no comando é o PSB, o Partido Socialista Brasileiro”, respondeu Doria, sendo interrompido, na sequência, pelo apresentador César Tralli. “Mas o atual governador (Márcio França, PSB) está aí há cinco meses apenas. O PSDB ficou 24 anos. É uma questão matemática, não de defender um ou outro candidato.” 




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