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STF retoma hoje julgamento de habeas corpus para Lula

Condenado em 2ª instância, petista tenta evitar prisão; Grande ABC registra atos pró e contra

Por Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
04/04/2018 | 07:00
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EBC


O STF (Supremo Tribunal Federal) retoma hoje julgamento do pedido de habeas corpus preventivo para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), condenado em segunda instância pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá, no Litoral. Pré-candidato à Presidência, o petista tenta evitar a execução antecipada da pena de 12 anos e um mês de prisão, imposta pelo TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região).

A Corte iniciou a análise do habeas corpus para Lula no dia 22, mas na ocasião a sessão se estendeu e acabou sendo adiada para hoje. Para impedir a execução da prisão de Lula até que o julgamento fosse concluído, a maioria dos ministros decidiu conceder salvo-conduto ao petista.

Ontem, véspera da sessão no STF, foram registrados diversos atos a favor e contra a prisão do ex-presidente no País. No Grande ABC militantes petistas e integrantes de movimentos sociais e sindicais se concentraram em frente à residência de Lula, na região central de São Bernardo, em solidariedade ao ex-presidente.

O ato pró-Lula teria sido convocado pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, o que foi refutado pelo presidente da entidade, Wagner Santana, o Wagnão, ao Diário. “Estamos aqui como militantes do PT, para garantir a segurança do presidente Lula”, justificou, em referência a possíveis manifestações antiLula na frente de seu apartamento. O ex-presidente deve acompanhar o julgamento na sede do sindicato, também em São Bernardo.

O ato de ontem iniciou por volta das 14h, com a chegada de integrantes da ocupação Povo Sem Medo, do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto), de São Bernardo. Até o fim da tarde havia grupo com cerca de 100 pessoas, formado por militantes, vereadores e ex-parlamentares do partido, reunidos na portaria do prédio, a maioria com camisetas vermelhas. Durante o encontro, os presentes permaneceram praticamente em silêncio, apenas em rodas de conversas reservadas. Gritos e palavras de ordem só eram ouvidos para revidar alguma provocação antiLula de motoristas que passavam pela Avenida Francisco Prestes Maia.

Já os movimentos contrários ao ex-presidente, como o MBL (Movimento Brasil Livre) e o Vem Pra Rua, promoveram protestos com direito a caminhão de som e discursos em Santo André, no Paço, e em São Bernardo, em frente à Igreja Matriz. Apesar da garoa, as duas manifestações tiveram praticamente a mesma adesão que a do ato pró-Lula. Integrantes utilizavam camisetas verde e amarela e alguns seguravam a Bandeira do Brasil.

Na Capital, o principal protesto foi em defesa da prisão de Lula, realizado na Avenida Paulista. A estimativa de público não foi divulgada. Os movimentos convocaram atos em várias cidades, espalhadas por 21 Estados. 




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