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Draghi, do BCE, diz que é muito cedo para reduzir estímulos monetários
06/04/2017 | 05:34
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O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, disse nesta quinta-feira que é muito cedo ainda para a instituição começar a reduzir sua agressiva política de estímulos monetários, apesar de sinais de recuperação na zona do euro, e rejeitou sugestões de que o BCE poderá voltar a elevar juros em breve.

Nos últimos dias, os principais dirigentes do BCE têm feito comentários conflitantes sobre se a instituição está preparada para começar a desfazer medidas de estímulos, como seu programa de compras de bônus soberanos (conhecido como relaxamento quantitativo, ou QE, pela sigla em inglês) e taxas de juros abaixo de zero.

Investidores acreditam que o BCE poderá começar a elevar juros antes de finalizar o programa de QE, avaliado em 2,3 trilhões de euros (US$ 2,5 trilhões). O BCE tem dito que o QE irá até dezembro ou "além disso", se necessário.

Draghi, porém, ressaltou hoje que não vê motivo para o BCE desviar de suas diretrizes atuais, que determinam que os juros só subirão depois que o programa de QE for concluído. Em sua avaliação, os baixos níveis atuais dos juros têm sido eficientes em facilitar as condições financeiras.

O chefe do BCE também argumentou, durante discurso numa conferência em Frankfurt, que a recuperação da zona do euro pode estar ganhando força, mas que é "claramente muito cedo para declarar sucesso", uma vez que os riscos à economia do bloco ainda tendem a ser negativos.

Segundo Draghi, dirigentes do BCE estão preocupados com o fato de a inflação na zona do euro não estar subindo de forma sustentável e de que a inflação subjacente - que exclui preços de energia e de alimentos - permanece muito fraca. Os futuros desdobramentos da inflação dependem da continuidade da política do BCE, acrescentou ele.

Os dados oficiais mais recentes mostram que a taxa anual de inflação ao consumidor da zona do euro desacelerou para 1,5% em março, após atingir 2% em fevereiro. A meta de inflação do BCE é de taxa ligeiramente inferior a 2%.

"Uma reavaliação da atual postura da política monetária não é recomendável neste momento", afirmou Draghi. Fonte: Dow Jones Newswires.




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