Política Titulo São Caetano
PMDB, de Pinheiro, deve compor base de Auricchio

Apesar do acirramento da eleição, vereadores da
sigla dificilmente adotarão oposição ao tucano

Junior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
12/11/2016 | 07:00
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Montagem/DGABC


Apesar do acirramento e da disputa intensa pela Prefeitura de São Caetano, a bancada de vereadores eleitos pelo PMDB, do atual prefeito Paulo Pinheiro (PMDB), que perdeu a reeleição no dia 2, tende a compor a base de sustentação do chefe do Executivo eleito, José Auricchio Júnior (PSDB), na Câmara. Oficialmente, os peemedebistas pregam cautela sobre o assunto, mas nos bastidores sabe-se que não há disposição no partido em fazer oposição ferrenha ao tucano.

Com diversos nomes de peso na chapa, o PMDB conseguiu abocanhar três das 19 cadeiras do Legislativo: reelegeu Sidão da Padaria e Pio Mielo e devolveu mandato à ex-vereadora Suely Nogueira. Nenhum deles, porém, sinalizou que vai se opor à futura gestão Auricchio. Sidão foi presidente da Câmara entre 2011 e 2012, nos dois últimos anos do segundo mandato de Auricchio (entre 2009 e 2012), com patrocínio do então governo. À época, a escolha de sua candidatura quebrou hegemonia do PTB (partido ao qual Auricchio era filiado) no comando da Casa. À frente dos trabalhos legislativos, Sidão abriu caminho para projetos considerados estratégicos para a gestão de Auricchio, como a implementação da polêmica Lei Cidade Limpa.

Pio, por sua vez, partirá para o segundo mandato e o que se comenta nos corredores da Câmara é que o peemedebista não vislumbra protagonizar turbulências na Casa durante a próxima legislatura. Segundo vereador mais votado da cidade – recebeu 2.694 votos –, o parlamentar é cotado para representar o grupo do atual governo na disputa pela presidência da Casa no biênio 2017-2018. “A futura bancada do PMDB ainda vai tomar uma decisão conjunta sobre se será oposição ou não na próxima legislatura. Porém, já há um consenso de que precisamos ser a favor da cidade”, despistou Pio, que também negou ambição em concorrer à sucessão de Paulo Bottura (PTB) no comando da Câmara.

Já Suely Nogueira foi vereadora entre 1997 e 2004 pelo PTB, durante os dois últimos mandatos de Luiz Olinto Tortorello, no mesmo grupo que idealizou o projeto de candidatura de Auricchio ao Palácio da Cerâmica.

Nilson Bonome, secretário de Governo de Pinheiro e um dos principais nomes do PMDB na região, admitiu que não há orientação do partido para que a sigla vire pedra no sapato do futuro prefeito. “Os vereadores do PMDB e os demais eleitos (pela coligação de Pinheiro) não têm de fazer oposição por oposição. Têm que adotar postura inteligente, de fiscalização ao governo, mas desde que não prejudique a população”, avaliou.

Presidente do PMDB local e filha de Pinheiro, Gica Pinheiro não foi localizada para comentar o assunto. 




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