Cerca de 30 estudantes da EE Diadema, antiga Cefam, ocupam desde a noite de quarta-feira a instituição de ensino como forma de protesto à PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 241, que institui um teto de gastos públicos pelos próximos 20 anos. Embora as aulas não tenham sido interrompidas, o Estado afirma que tem negociado a saída dos jovens.

A escola estadual, que há exato um ano foi a primeira instituição ocupada no Estado de São Paulo contra a chamada reorganização escolar, proposta do governo Geraldo Alckmin (PSDB), desta vez repete o feito, só que em âmbito regional.

“Já havíamos participado de um simpósio de Educação para debater vários temas, incluindo a PEC do Teto. No entanto, realizamos uma assembleia quarta-feira e decidimos ocupar a instituição como forma de conscientizar os demais alunos sobre a proposta”, destacou a estudante do 2º ano do Ensino Médio Beatriz Gonçalvez, 16 anos.

Segundo a jovem, diferentemente da ocupação de 2015, desta vez o movimento não interrompeu o cronograma de aulas. “A escola permanece com suas atividades. Nossa ocupação agora está pautada em assembleias que visam informar os alunos do que está ocorrendo no País. Queremos que todos s estejam envolvidos no debate.”

Assim como ocorreu no ano passado, o estudante Gabriel Novaes da Silva, 17, espera que a ocupação reverta a implantação da PEC 241. “A Educação sofrerá muito com o teto de gastos. Não teremos investimentos”.

De acordo com a Secretaria Estadual da Educação, um boletim de ocorrência foi registrado pela direção da instituição de ensino denunciando a ocupação. No entanto, “a Diretoria Regional de Ensino de Diadema está acompanhando o pequeno grupo de alunos que segue na unidade”.

Conforme a secretaria, o Estado tem investido “no diálogo com os alunos e ressalta que nenhuma das reivindicações do protesto é de responsabilidade da Pasta, mas, sim, contra a proposta do MEC de reforma do Ensino Médio e a PEC 241”.