O ex-vereador Claudinho da Geladeira (PT) foi o primeiro político da região a lançar sua pré-candidatura a prefeito, em Rio Grande da Serra, ainda no primeiro semestre. O objetivo era convencer o PT regional e até a cidade que ele teria condições de rivalizar com o prefeito Gabriel Maranhão (PSDB), candidato à reeleição e que se aproximou muito do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), quem dita as regras do petismo no Grande ABC. Foram cinco meses lutando contra investidas do governo local, apoio velado de Marinho a Maranhão, evasão de petistas para pedir votos ao tucano. Até mesmo sua vice em 2012, Cida Santos, decidiu embarcar com o governo e deixar o ex-vereador à deriva. Não eram poucos os petistas que sugeriram a Claudinho desistir da empreitada majoritária, se resguardar, buscar novamente cadeira de vereador e tentar em 2020. Mas Claudinho bateu o pé. Quer ser candidato. Passou por obstáculos e chega a um ano da eleição tentando unir o grupo que lhe resta, remediar as pancadas e tentar impedir a reeleição do único tucano da região, que hoje lidera as pesquisas de intenções de voto. E muitos dizem que ele vai para a corrida eleitoral sem aval político e apoio financeiro de Marinho. Terá mesmo, como ele gosta de dizer, que gastar seu dinheiro com sapato de sola de borracha grossa.

Sobrou
O ruído entre o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), e a bancada do PT na Câmara pode ocasionar mudanças importantes na eleição de 2016. Interlocutores do prefeito têm procurado o vereador José Ferreira, o mais antigo parlamentar do PT nacional e líder do governo na Casa. O tom da conversa é convencer Zé Ferreira a não partir para o nono mandato. O discurso está pronto, na língua do secretário de Governo, José Albino: o PT tem encontrado dificuldades em lançar candidatas mulheres e atingir a cota eleitoral. Assim, Zé Ferreira cederia seu espaço na chapa para Rozane Sena, a Zaninha, sua mulher e vice-presidente estadual do PT.

Chove no Paço
A crise se instalou na Prefeitura de Ribeirão Pires, o prefeito Saulo Benevides (PMDB) está com dificuldades de pagar fornecedores e, agora, servidores têm de lidar com goteiras. Ontem, vários vazamentos eram vistos no Paço por causa da chuva constante. Como não há dinheiro para reforma, o jeito é se acostumar com a água.

Planos A ou B
O PSDB de Santo André elegeu lançar o ex-secretário Paulinho Serra a prefeito em 2016 como plano A. Mas como as discussões seguem, plano B é cogitado se Paulinho tiver de ficar no PSD. Agentes políticos querem ter projeto próprio ao Paço e a vaga de candidato tucano é cobiçada por vereadores, o que enterraria de vez tática de composição no primeiro turno, como ocorreu em 2012 – à ocasião, Ricardo Torres foi vice de Raimundo Salles.