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S.Caetano suspende 40 guardas e demite 5
João Guimarães
Especial para o Diário
27/12/2006 | 21:36
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Quarenta homens da Guarda Civil Municipal de São Caetano foram suspensos essa semana. Todos participaram de uma greve que se arrastava desde o dia 23 de novembro por reajuste salarial de 266%, que equipararia o salário base da corporação com o de outras GCMs do Grande ABC. A paralização foi interrompida no último dia 22, para que as negociações com o prefeito José Auricchio Junior (PTB) pudessem ser retomadas.

Os guardas foram comunicados da suspensão individualmente, entre os dias 22 e 24 deste mês, quando retomaram suas atividades na corporação. A carta de dispensa não trazia o prazo da suspensão ou qualquer tipo de justificativa. “Já tentei entrar em contato com o comando da Guarda Civil, mas não obtive retorno. Ninguém soube me dizer o real motivo das suspensões”, disse a advogada do movimento, Sandra Maria da Silva Costa.

Segundo a Prefeitura, os guardas foram afastados porque infrigiram o regulamento disciplinar da corporação. Entre as infrações estariam o descumprimento de ordem de superiores e ofensas verbais e gestuais à outros companheiros da GCM. Ainda de acordo com a administração, os afastamentos têm duração prevista de 15 dias.

Outros cinco guardas foram demitidos por justa causa, entre eles o porta-voz dos GCM em greve, Odevaldo Teixeira. Estes, segundo a prefeitura, foram mandados embora por Ato Indisciplinar e insubordinação.

Segundo o outro advogado do movimento, Alexandre Garcia D´ Aurea, as manifestações realizadas por melhorias estão protegidas por lei. “Eles não infrigiram nenhum artigo da constituição. Vamos analisar caso a caso e entraremos com as medidas cabíveis”, afirmou.

A prefeitura diz que outros 40 guardas também podem ser suspensos. Os casos ainda estão em análise.

Histórico - A greve da GCM teve início após o afastamento do guarda Robson Andrei. Ele teria utilizado indevidamente um veículo da corporação para ir ao protesto realizado pelos grevistas na Câmara. Na época, eles permaneceram com 14 carros e 18 motos do efetivo paralisados durante oito horas

Como represália, 34 guardas municipais foram afastados. A situação foi revertida após uma nova greve, que durou três dias. Como as negociações não avançaram, uma nova paralisação teve início no último dia 12 - esta só terminou em 22 de dezembro, quando ocorreram as suspensões.




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