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Política de S. Caetano terá forasteiros
Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
15/02/2010 | 07:00
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Os nomes de maior representatividade política em São Caetano estarão fora da disputa eleitoral de outubro. Vereadores, secretários e pessoas ligadas ao líder do grupo que comanda a cidade, o prefeito José auricchio Júnior (PTB), não enfrentarão as urnas e a cidade estará aberta ao ataque de campanhas de forasteiros.

Em 2006, alguns políticos do município tentaram a sorte no pleito para conquistar cadeiras na Assembleia Legislativa de São Paulo e na Câmara Federal. Mas os resultados não foram suficientes para garantir uma vaga sequer.

Auricchio, à época em seu segundo ano do primeiro mandato à frente do Palácio da Cerâmica, não concedeu apoio a qualquer candidatura específica. Preferiu abrir o leque e disseminar ajuda tímida a muitos nomes.

No início do ano passado, ao assumir o Paço para sua segunda gestão consecutiva, afirmou que estudava lançar candidato a deputado estadual de sua aliança, o que entusiasmou alguns políticos locais. Na sexta-feira, porém, o prefeito eliminou as esperanças dos que aguardavam ansiosos pela decisão.

O petebista descartou apoiar de corpo e alma um nome da cidade, apesar de reconhecer a importância da atuação de um parlamentar na Assembleia defendendo os interesses de São Caetano. "Não estou estimulando nenhuma candidatura. Acredito na representatividade regional. As campanhas são muito caras, entendemos que ninguém desejou se lançar", avalia Auricchio.

Há quatro anos, a cidade teve opções como os vereadores Paulo Pinheiro (PTB), Gilberto Costa (PP) e o ex-deputado estadual Marquinho Tortorello (PPS), que na ocasião tentou seu terceiro mandato consecutivo (foi parlamentar de 1998 a 2002 e 2003 a 2006). O último deputado federal eleito por São Caetano foi Ivan Valente (Psol) - em 2007 transferiu o colégio eleitoral para São Paulo, a fim de disputar a prefeitura da Capital.

Integrantes da base de sustentação da administração petebista na Câmara, os vereadores Paulo Pinheiro, candidato a deputado estadual mais votado do município em 2006, e Gersio Sartori (PTB) e Sidão da Padaria (PSB), que demonstraram ímpeto em alçar voos mais altos na carreira política, aguardam pronunciamento oficial do líder do grupo e não devem colocar campanha na rua.

E desta vez, nem mesmo a oposição apresentará nome de peso no município. Auto-intitulados "independentes", Gilberto Costa, outrora governista, e Edgar Nóbrega (PT) guardarão forças para a corrida eleitoral de 2012, quando pretendem concorrer à sucessão de Auricchio.

Candidato mais votado em 2006 descarta sair sem apoio do grupo

Candidato a deputado estadual mais votado na cidade em 2006, o vereador Paulo Pinheiro (PTB) não repetirá a tentativa de conquistar uma cadeira na Assembleia Legislativa neste ano. A decisão do prefeito José Auricchio Júnior (PTB) de ficar neutro no pleito, como há quatro anos, frustrou Pinheiro.

Os 17.103 votos conquistados no município na eleição estadual passada o colocariam como potencial candidato do grupo, o que não deverá ocorrer - o segundo mais votado em São Caetano foi Marquinho Tortorello (PPS), com 12,5 mil votos. "Fazemos parte de um grupo político. Para eu sair, teria de ter apoio de todos. Tem de estar todos engajados. E o fator financeiro complica bastante", avalia o vereador petebista, que está de olho em 2012.




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