Política Titulo Ribeirão Pires
Saulo atrasa pagamento no transporte e na Saúde

Empresa que faz locomoção de alunos cobra R$ 500 mil e interrompe serviços; médicos terceirizados não recebem

Caio dos Reis
Especial para o Diário
14/08/2015 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


Em crise financeira, a Prefeitura de Ribeirão Pires, comandada por Saulo Benevides (PMDB), ontem se deparou com mais um problema. Após sofrer ameaça de corte de energia da AES Eletropaulo por não quitação de dívida, servidores das áreas de transporte escolar e Saúde reclamam que não receberam pagamento. Com isso, cerca de 400 crianças deixaram de ter transporte à tarde e médicos não realizaram atendimento. Segundo o Paço, os pagamentos já foram normalizados.

Com contrato vigente com a administração municipal desde 2009, a Gilmar Luiz de Oliveira – ME interrompeu o serviço de locomoção escolar sob alegação de atraso em três parcelas de pagamento. A empresa cobrava R$ 500 mil para retomar as atividades. Mães de alunos atendidos, sem saber do ocorrido, foram obrigadas a levar os filhos à escola.

Segundo o governo, “houve falha de comunicação na empresa que presta serviço de transporte escolar” e o problema já foi solucionado. A promessa é que a locomoção seja oferecida normalmente hoje pela manhã.

O atraso no pagamento de salário de servidores da Saúde atingiu diretamente os funcionários terceirizados, que cruzaram os braços por algumas horas. “Geralmente o pagamento é até o quinto dia útil do mês, mas ele não foi feito em agosto e disseram que não existe uma previsão. No mês passado, também houve um atraso”, disse a filha de um enfermeiro que não quis se identificar. Ainda de acordo com ela, médicos do local, em solidariedade, também deixaram de atender os munícipes por falta do depósito dos contracheques.

A administração peemedebista admitiu esse problema. Porém, informou que o pagamento foi normalizado ontem – embora o funcionário não confirme o depósito.

Os casos acontecem na mesma semana em que a Prefeitura de Ribeirão Pires publicou contrato com a empresa T.F. de Carvalho, por R$ 770 mil, para parte dos artistas que se apresentam no Festival do Chocolate. Saulo afirmou ter apoio de parceiros, a despeito de não detalhar, para custear a festa.


NO VERMELHO
A crise que o governo Saulo enfrenta já causou atraso no pagamento dos servidores concursados e comissionados no mês de julho. Na oportunidade, o fato gerou clima de mal-estar na administração e até interrupção de serviços em duas escolas – a EM Angelina Denadai Bertoldo, na Vila Colônia, e EM Antonio Cumpian Silva Pastor, no Jardim Santa Luzia, não funcionaram no período da manhã.

O pagamento foi normalizado apenas às 16h do dia 30 de junho. O Paço alegou a redução da cota do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) – a cidade teria recebido R$ 500 mil a menos no mês de junho – e o atraso no recebimento de outros imposto, como o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), como fatores principais para a demora na quitação. 




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