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Por que os dinos sumiram?
Do Diário do Grande ABC
07/03/2010 | 07:01
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Andréa Iseki/DGABC


Há muitas teorias que explicam o desaparecimento dos dinossauros, mas nenhuma foi comprovada até hoje. A única certeza dos especialistas é que parte desses animais começou a sumir há 65 milhões de anos.

A ideia mais aceita é a de que um grande asteroide (rocha vinda do espaço) caiu na Terra e levantou tanta poeira que impediu a luz solar de chegar à superfície do planeta. Com isso, a Terra esfriou rapidamente.

As plantas, que precisavam do sol para se desenvolver, começaram a desaparecer. Os dinos herbívoros (que se alimentavam de vegetais) ficaram sem comida e, por isso, entraram em extinção. E os bichos que se alimentavam deles também morreram.

Outras catástrofes naturais teriam ocorrido ao mesmo tempo. Muitos vulcões entraram em erupção e suas cinzas aumentaram ainda mais a quantidade de poeira na atmosfera. Florestas pegaram fogo, e ondas gigantescas devastaram tudo. Os dinos teriam sido os mais prejudicados por essas mudanças no ambiente, pois não conseguiram se adaptar. Diferentemente disso, os insetos que já existiam naquela época foram diminuindo de tamanho. Antes eram muito grandões e foram se adaptando aos poucos.

Há muitas outras teorias que são menos aceitas, como a que diz que pouco antes de os dinossauros desaparecerem, novas espécies de vegetais surgiram. Como os herbívoros não estavam acostumados com essas plantas, teriam sido envenenados.

Curiosidades

- Os dinossauros viveram no planeta durante 160 milhões de anos, na chamada Era Mesozoica. Naquela época, muitas espécies desapareceram porque evoluíram, dando origem a outras melhor adaptadas ao ambiente.

Há estudiosos que dizem que só bichos pequenos sobreviveram após as catástrofes naturais que mataram os maiores. Ancestrais gigantescos de animais como rinocerontes, preguiças, mamutes e tigres-dentes-de-sabre (os dois últimos já extintos) foram alguns dos que ocuparam o planeta muito depois da extinção dos dinos.

O período no qual as novas espécies surgiram e que se estende até hoje é chamado de Era Cenozoica. Foi no início dessa fase que a Terra começou a ficar parecida com o que é hoje, mas isso levou milhões de anos. Nesse tempo também surgiram os ancestrais do Homo sapiens, que evoluíram aos poucos dando origem ao primeiro humano.

- As aves são descendentes diretos dos dinos, que já botavam ovos. Milhões de anos depois da extinção, os que sobraram foram se transformando até dar origem a outros bichos, incluindo as aves. Alguns estudiosos já encontraram fósseis (restos de seres vivos incrustados na pedra) de dinos com várias características das aves atuais, como penas e asas. Mesmo assim, alguns afirmam que a semelhança entre os dois é mera coincidência.

- Já foram encontrados fósseis de cerca de 20 espécies de dinos no Brasil. São pedaços de ossos, dentes, ovos e pegadas espalhadas por várias regiões. Uma das mais famosas é o Santanaraptor, que era carnívoro, media pouco mais de 2 metros e viveu há mais de 110 milhões de anos. Foi encontrado no Ceará em 1991 com partes do couro, músculos e vasos sanguíneos. O dino Angaturana é outro cearense, que teria vivido na mesma época do Santanaraptor. Há registros da presença de dinos nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Maranhão e Paraíba.

- Os paleontólogos estão sempre procurando pistas para saber como era a vida dos seres que habitavam a Terra antes de o homem aparecer. Pelo estudo dos fósseis, eles conseguem saber quando e como cada dino vivia e até o que comia. Mas é raríssimo encontrar um completinho debaixo da terra. Por isso, eles se baseiam nas partes que encontram e imaginam o restante, como o formato da cabeça, por exemplo, para fazer a reconstrução e montar a réplica, que é apenas a cópia.

- A única réplica em tamanho natural de um Tiranossauro da América Latina pode ser vista na Sabina (Rua Juquiá, tel.: 4422-2001), em Santo André. Mede 12 metros e produz barulho (lógico que de mentirinha). Ainda dá para ver outros animais pré-históricos, como o Ceratossaurus. Lá tem até área para descobrir ossos soterrados como os paleontólogos. A Sabina abre para o público só no fim de semana, das 9h às 17h. Ingresso: R$ 5 e R$ 10.

Consultoria de Alexander Kellner, paleontólogo do Museu Nacional da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro,) e Reinaldo Bertini, do Núcleo de Evolução e Paleobiologia de Vertebrados da Unesp (Universidade Estadual Paulista)




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