Economia Titulo Etanol
BM&F e Chicago tentam criar mercado de etanol
24/03/2010 | 07:07
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As Bolsas de Valores de Chicago (CME) e de São Paulo (BM&F Bovespa) vão tentar unir forças para criar o primeiro mercado unificado de biocombustíveis, em mais um passo para a internacionalização do etanol. A informação é do diretor-gerente da CME, Robert Ray, que viajará ao Brasil no início de abril para negociar o acordo.

As duas instituições assinaram parceria em fevereiro e já fecharam mais de 21 milhões de contratos. A CME é a maior e mais diversificada bolsa do mundo. O grupo foi formado em 2007, com a fusão da Chicago Mercantile Exchange (CME) e a Chicago Board of Trade (CBoT).

A CME já mantém cotação para o etanol de milho, usado nos Estados Unidos. Já a BM&F mantém sua cotação para o combustível de cana. "O que queremos debater agora é um passo a mais e estabelecer cotação única para biocombustíveis", explicou Ray.

Em fevereiro, as duas Bolsas assinaram acordo de parceria estratégica para permitir investimentos em Bolsas internacionais e o desenvolvimento de uma plataforma eletrônica de negociação de derivativos e ações.

A BM&F ainda indicará um representante para participar do conselho de administração do CME. A participação societária da Bolsa paulista na CME ainda foi elevada para 5%, equivalente a cerca de US$ 1 bilhão.

Nessa parceria, uma das primeiras oportunidades de operação será no setor de etanol. "Vou ao Brasil nas próximas semanas para negociar exatamente isso", disse Ray. Mas ele esclarece que a parceira com São Paulo vai além do etanol.

Um dos principais objetivos do governo brasileiro é instituir o mercado mundial de etanol, até como forma de consolidar o biocombustível como uma alternativa real.

Além do setor financeiro, a principal batalha do Brasil é conseguir que norte-americanos e europeus reduzam suas tarifas de importação e permitam que o etanol nacional possa entrar nesses mercados com preços competitivos.




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