Agora, o ascendente Palmeiras (22 pontos em sétimo lugar) entra em contagem regressiva rumo a uma das vagas nas semifinais do Paulistão. E logo diante de um adversário sufocado pela má fase - a Ponte Preta - que também não pode mais perder na reta final do torneio estadual.

Ainda faltam cinco rodadas que poderão decidir a sorte de cada um. A derrota praticamente os afastaria da briga na reta decisiva. Portanto, apenas os três pontos interessam aos dois lados no confronto de hoje, às 17h, no Estádio Palestra Itália.

"Precisamos cumprir a nossa parte, mas vamos torcer contra outros candidatos ao G-4 (principalmente Corinthians e São Paulo)", analisa Antonio Carlos. "Ao assumir o cargo, previ que a nossa classificação seria difícil, mas não impossível. Mantemos chances. Só nos resta batalhar até o fim", sugere o treinador, atento à Ponte Preta. "É uma equipe de respeito. É mais um desafio que iremos enfrentar", alerta o treinador.

A exemplo do comandante, o atacante Ewerthon aposta no Palmeiras. "Se tivermos inteligência e sabedoria, podemos chegar lá. Os últimos resultados nos animaram", exemplifica.

Segundo ele, o Armeration - dança improvisada pelo colombiano Armero para comemorar um dos gols no clássico da Vila Belmiro - virou símbolo de alegria no grupo e principal referência da arrancada palmeirense na temporada. "Os amigos da Espanha e da Alemanha me telefonaram para comentar a coreografia do Rebolation (hit do Carnaval baiano). "Armero é um show. Houve muita repercussão na Europa. O pessoal de fora me liga para falar disso de forma positiva", conta.

Antonio Carlos, mais discreto, garante que não dançaria, mas aprovou o gesto. "Não vejo nada errado. É um um bem do futebol", avalia.

O presidente Luiz Gonzaga Belluzzo, mais otimista do que nunca, descobriu, segundo ele, o motivo da repentina reviravolta do Palmeiras. "Nossos jogadores mostram alma e amor à camisa. O time ficou bem competitivo", constata o dirigente, que ontem compareceu à Academia de Futebol para fortalecer a corrente.

Marcos volta, mas a lateral direita continua indefinida

O Palmeiras terá o retorno do goleiro Marcos diante da Ponte Preta. O técnico Antonio Carlos resolveu incluir Maurício Ramos - livre de lesão muscular na coxa direita - na lista de concentrados. O zagueiro preenche a vaga de Léo, suspenso, a exemplo de Eduardo.

O chileno Figueroa continua no departamento médico. Há duas alternativas para o setor: improvisar Edinho ou escalar Márcio Araújo. O lateral-esquerdo Gabriel Silva e o volante Anselmo não estão bem fisicamente.

Na Ponte Preta (21 pontos, em nono), o técnico Sérgio Guedes (pressionado pelos mesmos torcedores que o apoiavam e ameaçado no cargo pelos dirigentes) ficou sem o volante Guilherme (suspenso), que atuava improvisado na zaga. Na ausência de um titular importante é provável que Guedes retome o esquema 4-4-2. No entanto, ele não deixou escapar maiores pistas no coletivo de ontem no Moisés Lucarelli. Apesar do suspense, as evidências indicam o retorno do experiente Danilo Portugal ao meio. (Das Agências)