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Gestão familiar dá resultados positivos

Laportes, de São Caetano, é exemplo de empreendimento com liderança; mãe e 3 filhas administram o local

Por Bárbara Ladeia
Do Diário do Grande ABC
09/03/2009 | 07:02
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A administração ousada do restaurante Laportes, de São Caetano, já mostra resultados. Lideradas pela mãe Marina Laporte, Solange, Débora e Simone dão espaço para a vocação empreendedora e transformam o estabelecimento em um caso bensucedido de gestão familiar.

Atualmente com duas unidades em funcionamento, o restaurante Laportes teve sua primeira sede em Santo André, há 13 anos, quando foi inaugurado. O objetivo era atender diretores e executivos das imediações do estabelecimento. "No início tínhamos sete mesinhas. Poucos meses depois já estávamos atendendo mais de 100 clientes por dia", conta Simone Laporte, a filha mais velha de Marina.

Apesar do pouco conhecimento, fizeram uma breve pesquisa de mercado antes de inaugurar o estabelecimento. Simone, que trabalha como administradora do empreendimento desde os 15 anos, afirma que a estratégia não contou com ajuda profissional. Lembra-se que mapearam os restaurantes da região e trabalharam com o preço um pouco abaixo da média, de forma a atrair a clientela inicial.

A primeira medida ousada foi a mudança. Em 1998, transferiram o restaurante para um espaço maior, em São Caetano. De lá para cá não deixaram de ver o estabelecimento crescer. Sem ações de divulgação, a administradora afirma que a propaganda boca a boca impulsionou os resultados. Não demoraram a avançar para São Paulo, onde abriram a segunda unidade do restaurante, no Itaim Bibi, área de forte atividade comercial.

Hoje, os dois restaurantes somam 600 clientes atendidos somente no horário de almoço, por cerca de 45 funcionários. Juntas, as duas unidades devem faturar R$ 4 milhões em 2009, segundo expectativas da administradora.

Para Simone, o segredo está no atendimento altamente personalizado e na variedade de pratos oferecidos pela casa. "Temos 120 opções entre entradas, pratos quentes e sobremesas. Todas as receitas foram testadas e desenvolvidas na casa", conta. O treinamento dos funcionários para adequação ao atendimento proposto pelo Laportes chega a durar 1 ano e meio.

A administração exclusivamente feminina, para a família, não traz qualquer empecilho, uma vez que a palavra de ordem é respeito. "Cada uma atua na própria área e o negócio sempre está acima de atritos gerados por motivos pessoais", conta. Quando questionada se faz falta um olhar masculino sobre o negócio, Simone não tem dúvidas. "A diferença deles é a força física.Contratamos homens para o trabalho mais pesado", brinca.

Crise não assusta mulheres do Laportes

Nem mesmo a crise financeira foi capaz de afastar o otimismo das empreendedoras do restaurante Laportes. Com crescimento significativo há cerca de sete anos, Simone Laporte, administradora do empreendimento, não recua. "Somos só otimismo."

As tomadas de decisão em momentos de dificuldade sempre vieram acompanhadas de boa dose de flexibilidade. Para elas, a adaptação a dificuldades já faz parte do cotidiano. "Na época do Plano Collor, do dia para noite, passamos de 130 para 30 refeições por dia. Dessa maneira, tivemos de fazer adequações rápidas para sobreviver sem alterar a qualidade da comida", afirma Simone.

Desta vez, ainda não viram grandes perdas no número de clientes nem no faturamento da empresa. "Ainda não tivemos qualquer decréscimo e não perdemos um só cliente", afirma. Para ela, a resposta está no estilo de gestão do restaurante. "Muita intuição e determinação, Essa é a característica administração feminina que dá certo."




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