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Hospitais da região expõem dificuldade de gestão

Unidades hospitalares públicas são exemplo de problemas de administração na Saúde do Grande ABC

William Cardoso
Do Diário do Grande ABC
11/01/2009 | 07:00
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A situação crítica do Hospital Doutor Radamés Nardini, de Mauá, com falta de medicamentos e de pessoal e estrutura deficiente, chama a atenção para a dificuldade de gestão da Saúde Pública da região. Unidades hospitalares do Grande ABC visitadas pela reportagem na última semana apresentaram reflexos do gerenciamento deficitário e do desafio que os novos administradores terão.

Para se ter uma ideia dos investimentos da região em Saúde, em 2007, as sete cidades tiveram juntas orçamento de R$ 873 milhões na área. Investimento em uma rede pública que tem 71 leitos em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) e cerca de 2.000 leitos para internação para 2,5 milhões de habitantes.

Em Santo André, o CHM (Centro Hospitalar Municipal) tem atendimento rápido em relação às demais unidades. Porém, sofre com a falta de leitos, o que teria provocado a exportação de pacientes para outras localidades em 2008.

O Pronto-Socorro Central, de São Bernardo, oferece pouco conforto a quem aguarda atendimento clínico. O problema seria menos grave, caso a demora para se chegar até o médico não fosse de até duas horas e meia, como aconteceu na última semana com o professor de Educação Física Carlos Rogério Santos, 34 anos.

Inaugurado há pouco mais de meio ano, o Hospital Albert Sabin, de São Caetano, já sofre com problemas estruturais. Goteiras e infiltrações seriam os problemas mais graves, não fosse o fato de o estacionamento subterrâneo permanecer interditado. A Prefeitura afirma que a empreiteira responsável faz manutenção no local.

No Hospital Municipal de Diadema, a população comemora a inauguração do Quarteirão da Saúde, que trouxe alívio à demanda. Hoje, é possível fazer a ficha, passar pelo atendimento e receber medicação em até uma hora.

O Hospital São Lucas, em Ribeirão Pires, tem problemas estruturais que provocam infiltrações e mofo em paredes. Vidros quebrados no setor de clínica médica também podem ser vistos. O que mais irrita a população, porém, é a demora no atendimento. A Prefeitura de Ribeirão Pires afirma realizar manutenção no São Lucas e que o hospital em construção deve resolver o problema.

Para especialistas, o maior desafio dos administradores é saber até quando conseguirão recursos para manter a gestão dessas unidades.




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