A produção de riquezas nacional teve o menor crescimento, em 2012, desde 2009. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o PIB (Produto Interno Bruto) expandiu apenas 0,9% no ano passado. Em valores monetários, o resultado foi de R$ 4,403 trilhões. Em 2009, ano fortemente impactado pela crise financeira mundial iniciada em 2008, o PIB caiu 0,2% em relação ao ano anterior.

Os números vão contra as expectativas otimistas do governo federal, calçadas no estímulo ao consumo interno. No dia 23 de janeiro de 2012, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, estimou para a imprensa que o PIB cresceria 4,5%. Na mesma ocasião, havia previsto que a atividade econômica de 2011 tinha atingido alta entre "3% e 3 e pouco", não confirmados com a expansão de 2,7%, segundo o IBGE meses depois.

De lá para cá, o cenário econômico tem oscilado, principalmente por causa da crise econômica na Europa e nos Estados Unidos. Com isso, a indústria brasileira, exportadora, tem sofrido e apresentou retração de 0,8% no valor adicionado no ano passado, junto à queda de 2,3% da agropecuária. Só os serviços geraram maior riqueza na relação anual, com aumento de 1,7%.

Muitos economistas, durante o ano, avaliaram que faltam investimento e estímulo do governo para isso no País. Ontem, dividiram essa opinião a Fiesp, o professor Emerson Marçal, da FGV, e a Fecomercio-SP. Conforme o IBGE, a Formação Bruta de Capital Fixo no País caiu 4%.

A Austin Rating destacou que o consumo das famílias tem sido o motor do crescimento com alta por 37 trimestres consecutivos.