Nem mesmo foi oficializada, a frente de oposição que está sendo formada em São Caetano por PT, PPS e PDT já busca novos partidos adeptos à aliança que enfrentará o prefeito José Auricchio Júnior (PTB) na eleição.

As lideranças do triunvirato estão em negociações com duas legendas que atualmente integram a base de sustentação ao governo petebista. Porém, para não atrapalhar as conversas, as siglas não foram divulgadas. “Podemos dizer que a composição com esses partidos está bem adiantada. Aguardamos a formalização dos líderes com suas militâncias para podermos contar definitivamente com os apoios”, destaca o presidente do PPS, Marquinho Tortorello.

O otimismo de Marquinho é compartilhado pelo presidente do PT, Edison Bernardes. “Estamos nos fortalecendo. O trabalho de alianças visa constituir um grupo com condições de vencer o pleito”, observa Bernardes, ao ressaltar que o potencial de votos somente do PT gira em torno de “25% a 30% do eleitorado” (de 27 mil a 32 mil votos, se considerados os cerca de 105 mil eleitores que foram às urnas em 2004).

Além dos dois partidos sigilosos, a frente de oposição mantém diálogo aberto com PCdoB e PSTU. Ambos partidos ainda não decidiram posicionamento, mas revelam que na semana que vem haverá “novidades”.

Se as articulações do bloco oposicionista surtirem efeito positivo, o grupo pode reunir sete partidos. “Porém, quando os governistas lançarem o nome do vice-prefeito haverá descontentamento e mais baixas do grupo aliado a Auricchio”, acredita Marquinho.

Na matemática política da frente de oposição, a aliança que disputará com o atual prefeito as eleições pode chegar a dez legendas.

Para a concretização do bloco, resta a definição do vice na chapa liderada por Jayme Tortorello (PT) e as funções que os demais partidos terão na coordenação da campanha.