Déficits da balança comercial (importações maiores que as exportações) registrados nas últimas três semanas não abalaram a confiança do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, que afirmou ontem que a projeção de o País chegar ao final do ano com US$ 35 bilhões de superávit estão mantidas.

Miguel Jorge, que participou do evento de renovação do convênio da Apex com o INP, disse que os déficits são atípicos. Na primeira semana de março o desempenho da balança foi negativo em US$ 159 milhões, que resultou em um saldo acumulado no ano 70% menor do que no mesmo período do ano passado.

“Importamos muito trigo, petróleo, e deixamos de exportar derivados de petróleo por questões internas da Petrobras”, disse.

O ministro destacou que o crescimento das importações de bens de capital (máquinas e equipamentos) tem um efeito salutar, por significar investimentos das empresas.

Já o presidente da Apex, Alessandro Teixeira, reconhece que o dólar mais barato, que favorece as aquisições de importados, é um entrave para as exportações. “O que cabe às empresas é melhorar a eficiência. A inovação é fundamental”, disse.