O dólar em baixa atrapalha, mas empresas fabricantes de produtos de plástico (como embalagens e utilidades domésticas) insistem e têm planos de ampliar em 52% as exportações em dois anos.
Para isso, contam com o apoio de um programa da Apex (Agência de Promoção às Exportações e Investimentos) – um órgão do governo federal –, em parceria com o INP (Instituto Nacional do Plástico). O convênio entre as duas entidades foi renovado ontem.
Pelo projeto, chamado Export Plastic e que atualmente conta com 78 empresas do ramo associadas, serão destinados R$ 9,2 milhões para a participação em feiras setoriais, missões comerciais, cursos de capacitação e outras atividades até o final de 2009.
A meta do projeto é aumentar de US$ 236 milhões para US$ 360 milhões (ou seja, 52%) o total exportado pelas fabricantes e gerar 700 empregos nesse período.
O plano é ambicioso, em função das dificuldades cambiais – as empresas têm perdido rentabilidade nas encomendas ao Exterior, já que os negócios são fechados em dólar.
O presidente do INP, Merheg Cachum, atesta que não está sendo fácil com a moeda americana em patamar cada dia mais baixo, mas considera que a renovação do convênio é importante para as fabricantes se tornarem mais competitivas. “É preciso criar uma cultura exportadora e sem a Apex seria impossível”, disse.
DA REGIÃOA fabricante de utensílios domésticos de plástico Kos Acrílicos, de Diadema, acaba de ingressar no projeto. Suas expectativas são positivas. Na próxima semana, a empresa participa, em um estande da Apex, de uma feira em Chicago (a Home & Houseware).
A Kos exporta o correspondente a 3% de seu faturamento, e tem meta de chegar a 5% em um ano. “Esperamos com o programa o acesso a novos mercados”, disse o supervisor de vendas, Antonio Carlos da Silva Ferreira.
Para a Acrimet, indústria de material de escritório sediada em São Bernardo, a iniciativa já tem ajudado. De 20% a 30% das vendas são direcionadas ao Exterior, segundo o gerente de exportações da indústria, Jaime Nascimento. Ele cita que, por meio do projeto, houve a oportunidade de participação não só em feiras mas também em encontros com potenciais clientes.
Nascimento destaca que a companhia – que atende 32 países atualmente –, não se limita a ações organizadas pela Apex. “Estamos focados em exportar, apesar do dólar, porque temos uma visão de longo prazo”, resume.
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