O Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), responsável pelas investigações sobre o roubo de quatro obras de arte da Pinacoteca de São Paulo, nesta quinta-feira, emitiu alerta à Polícia Federal para aumentar a fiscalização nos portos e aeroportos brasileiros. O objetivo é impedir que as peças deixem o país.

Foram roubados uma gravura do lituano naturalizado brasileiro Lasar Segall (1891/1957), dois quadros do pintor espanhol Pablo Picasso (1881/1973) e uma tela do brasileiro Di Cavalcanti (1897/1976).

A ação foi cometida por três homens - um deles armado - que entraram sem máscaras na Pinacoteca, por volta do meio-dia desta quinta-feira. Para não levantar suspeitas, os bandidos pagaram os ingressos de R$ 4 e, já dentro do museu, obrigaram uma atendente a se deitar no chão e afastaram os seguranças da sala onde estavam as obras.

O crime foi gravado pelo circuito interno de TV e, graças à filmagem, foi possível fazer um retrato falado dos suspeitos.

De acordo com o secretário estadual de Cultura, João Sayad, a Estação Pinacoteca era o museu mais seguro do Estado, mas, apesar de contar com 25 vigias, a unidade não estava preparada para um assalto à mão armada.

Os quadros e a gravura roubados não eram cobertos por seguro. Sayad concorda com a avaliação da polícia de que o crime tenha sido encomendado. "Pelo o que a gente sabe, os assaltantes se dirigiram a salas específicas para roubar quadros específicos", disse.

Informações e denúncias sobre o paradeiro das obras podem ser transmitidas à polícia pelo Disque-Denúncia (181) ou pelo telefone (11) 2221-3358.