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São Paulo fará justiça a Kassab, diz Schneider

Ex-secretário de Educação da Capital e candidato a deputado estadual pelo PSD exalta padrinho político: ‘Não deixou dívida’

Júnior Carvalho
Especial para o Diário
13/09/2014 | 07:00
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A alta rejeição atribuída ao ex-prefeito de São Paulo e atual candidato ao Senado Gilberto Kassab (PSD) no fim de seu governo, em 2012, ainda pode ser reavaliada pelos paulistanos. Pelo menos é o que pensa o ex-secretário de Educação do pessedista Alexandre Schneider (PSD), que hoje postula vaga na Assembleia Legislativa.

Ele considera que passados quase dois anos de administração do prefeito Fernando Haddad (PT), ainda é cedo para que a população faça “justiça à gestão Kassab”, mas que chegará o momento em que os dois gestores serão comparados pelo eleitor. No entanto, Schneider evitou avaliar o desempenho do petista à frente do Paço paulistano. “Ele ainda está na metade do mandato, vamos esperar chegar mais perto do fim (do governo) para a gente ver”, discorreu o ex-secretário, em visita ao Diário.

Em setembro de 2012, quatro meses antes de deixar o cargo de prefeito, Kassab atingiu índice recorde de rejeição em toda sua administração. Pesquisa Datafolha divulgada à época mostrou que 48% dos entrevistados consideravam o governo do pessedista ruim ou péssimo. A parcela que avaliava sua atuação como positiva era de apenas 20% dos paulistanos.

Esse quadro negativo impediu que o Kassab emplacasse o ex-governador José Serra (PSDB) como seu sucessor no último pleito municipal. Na ocasião, Schneider era vice na chapa do tucano. “O Kassab foi o prefeito que deixou o melhor legado para quem o sucedeu. Foi o primeiro prefeito que não deixou a cidade com dívidas nos últimos anos, foi o único que em seu primeiro dia após o mandato já tinha gente varrendo as ruas e não se via ninguém batendo na porta da prefeitura para cobrar dívidas do passado”, salientou.

Apesar de rasgar elogios ao ex-prefeito, Schneider não soube explicar os motivos de o pessedista ter deixado o governo com baixa popularidade. “O Kassab ficou oito anos no governo, as pessoas queriam algo novo depois desse tempo. Além disso, na última eleição houve número grande de candidatos de oposição. Tudo isso acaba gerando um desgaste natural”, avaliou o ex-secretário.
Nas pesquisas de intenção de voto, Kassab amarga o terceiro lugar na corrida pelo Senado, com larga distância dos dois principais postulantes: Serra e o já senador Eduardo Suplicy (PT), que figuram na primeira e na segunda colocações, respectivamente.

BALANÇA
Schneider destacou que, como deputado, defenderá que o Estado auxilie financeiramente os municípios em áreas que, pela Constituição Federal, são de responsabilidade das prefeituras, como ampliação de vagas em creches. “É muita obrigação aos prefeitos e pouco dinheiro”, pontuou. 




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