Política Titulo Toma lá, dá cá
Dedé contra-ataca e rebate declaração de Volpi

Vice-prefeito afirma que verde é a verdadeira decepção
de Ribeirão Pires, por não pagar fornecedores do Paço

Rogério Santos
Do Diário do Grande ABC
30/12/2012 | 07:00
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Orlando Filho/DGABC


Os resquícios da derrota governista na eleição municipal em Ribeirão Pires permanecem latentes até os últimos dias de governo do prefeito Clóvis Volpi (PV). Um dia após o verde declarar. em entrevista ao Diário, que o vice-prefeito e ex-prefeiturável, Edinaldo de Menezes, o Dedé (PPS), foi a grande decepção política da cidade, o popular-socialista revidou.

"Acho que foi um desabafo dele. Mas, para mim, ele que é a decepção política da cidade, que não está pagando os fornecedores do Paço", disparou Dedé.

O popular-socialista prosseguiu nas críticas, colocando cada vez mais distância no relacionamento com o prefeito, que agora figura como seu ex-aliado. "Ele poderia cuidar da administração ao invés de ficar fazendo declarações políticas."

Indicado do grupo governista para a sucessão de Volpi, Dedé iniciou a corrida eleitoral como favorito, mas teve a candidatura indeferida pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), deixando o pleito de forma melancólica.

Dedé foi considerado inelegível em decorrência de processo por abuso de poder econômico na eleição de 2004, quando disputou assento na Câmara.

A condenação refletiu no desempenho do popular-socialista primeiro nas pesquisas eleitorais deste ano, publicadas pelo Diário, depois no grupo governista, que cogitou lançar outro nome no meio da disputa eleitoral.

Os sinais de instabilidade no grupo governista já eram evidentes no período que antecedeu o julgamento de Dedé. O bloco governista (formado por PTB, PR, PPS, DEM, PHS, PSB, PV, PSDB e PCdoB) ficou dividido, com alguns integrantes pedindo a renúncia de Dedé.

O popular-socialista chegou a falar para Volpi que deixaria a cabeça da chapa, segundo o prefeito, mas recuou e decidiu continuar no pleito.

Em meio ao imbróglio jurídico, o vereador Saulo Benevides (PMDB) venceu a eleição, mantendo a inusitada tradição que impera em Ribeirão desde 1982, em que nenhum prefeito tem sucesso para manter a base aliada no comando da cidade.

Ao Diário, Clóvis Volpi afirmou que preferia perder a eleição tendo Nonô Nardelli (PR) como candidato da administração. O republicano chegou a ser cotado para o posto, mas o fraco desempenho nas pesquisas eleitorais culminou na escolha de Dedé.

Para o verde, Nonô saiu fortalecido do processo eleitoral, podendo ser o indicado de seu grupo político para disputar o pleito de 2016.




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