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O que são as comidas da ceia? Confira aqui!
Caroline Ropero
Do Diário do Grande ABC
23/12/2012 | 07:00
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Nario Barbosa


Na ceia de Natal brasileira é comum ter vários tipos de carnes: peru, frango natalino (com diversas marcas, sendo que a mais conhecida é o chester), pernil, lombo e tender. Mas, o que são eles?

Não tem segredo em relação ao peru, que é a carne do próprio animal. A ave costuma pesar de 4 kg a 5 kg e é criada em galpões, não em gaiolas, como as galinhas. A ração balanceada é à base de milho e farelo de soja. Em geral, o macho é usado para fazer presunto e peças separadas, como peito e coxas, já que tem a carne mais magra. Já a fêmea é vendida inteira e temperada, para ir direto ao forno. É ela que comemos no Natal.

O chester, vendido desde o início dos anos 1980, é um frango com 70% da carne concentrada no peito e na coxa. Seu peso chega a 3,7 kg, enquanto a espécie comum pesa 2,5 kg. Especialistas dizem que, para ele ficar assim, é alimentado por mais tempo do que o frango comum antes de ser morto.

Existem também outras explicações para a criação do chester. Dizem que é resultado do cruzamento de frango com peru, o que não é possível, pois são espécies diferentes. Outros acreditam que tem o código genético (informações que definem as características dos seres vivos) modificado.

O porco também é alimento tradicional nas festas do fim de ano. É comum servir o lombo (carne das costas) e o pernil (parte da coxa). Algumas famílias também preparam o tender, que traz parte da coxa do animal sem o osso.

Tem gente que afirma que é bom comer porco na passagem do ano porque faz a vida ser empurrada para frente, pois é animal que fuça a comida olhando para o horizonte. Já as aves não seriam recomendadas porque ciscam para trás e podem fazer a pessoa regredir.

TRADIÇÃO

O Natal é comemoração cristã, mas o banquete era tradição antes do nascimento de Jesus. Povos pagãos faziam a ceia para comemorar a noite mais longa do ano, que geralmente ocorre entre 22 e 25 de dezembro. Na celebração, os alimentos eram usados até para presentear entes queridos.

 

Saiba mais

O bolo de frutas cristalizadas, conhecido como panetone, nasceu na Itália. Conta-se que em Milão, nos anos 1400, um jovem padeiro apaixonou-se pela filha do patrão e preparou um bolo diferente para impressioná-lo. A ideia deu certo e a receita fez sucesso entre os clientes.

O costume de comer peru no Natal surgiu por influência dos norte-americanos, que se alimentam do animal no dia de Ação de Graças, comemorado na última quinta-feira de novembro. O feriado conta com festas e orações e serve para agradecer a Deus pelos bons acontecimentos do ano.

 

E as frutas secas?

Junto aos pratos gostosos da ceia de Natal estão as chamadas frutas secas, como damasco, uva-passa, banana passa, ameixa e tâmara. É comum colocá-las em saladas ou carnes de porco a fim de dar mais sabor ao alimento. Para ficar sequinha, passa por uma máquina que retira até 85% da água que possui. Assim, adquire mais tempo de vida útil (para servir de alimento).

O sabor, em geral, é mais forte do que o das frescas. Apesar de diminuir a maior parte de vitamina C, mantém outras como B1, B2, B3, B5 e B6, além de sais minerais como o cálcio, ferro, magnésio, fósforo, potássio, sódio, cobre e manganês. São boas fontes de fibras.

Nozes e castanhas também fazem parte do banquete. São classificadas como frutas ou sementes oleaginosas, pois contêm grande quantidade de gorduras benéficas à saúde e auxiliam no controle de colesterol. Podem ser consumidas cruas ou torradas e salgadas.


Marina Marconato, 10 anos, de Santo André, sabe que no fim do ano é comum ter chester e peru na mesa. No entanto, não sabe a diferença entre eles. "Parecem iguais, mas acredito que o peru é mais caro." No Natal, a família da garota costuma rechear a mesa com frutas da estação, frutas secas e panetone. "É tudo delicioso."

 

Consultoria de Ariel Antônio Mendes, diretor de produção da União Brasileira de Avicultura e da nutricionista Alessandra Paula Nunes.




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