Na luta contra o sucesso iminente das tradicionais animações dos estúdios Disney, que apresenta um sucesso a cada temporada, outras produtoras tentam mostrar que também podem entrar na dança. Apostando em visual deslumbrante e cenas que lembram cenários reais, "Happy Feet 2" chega aos cinemas com o objetivo de colocar a Warner Bros de volta ao circuito do gênero.

Além do trabalho de ter boa renda de bilheteria, o longa-metragem tem a dura missão de superar o primeiro título, lançado em 2006, que foi elogiado por público e crítica. O ótimo trabalho foi coroado com o Oscar de melhor animação um ano depois.

O diretor George Miller retorna ao universo gelado da Antártida para acompanhar os desdobramentos da vida de Mano, pinguim responsável por iniciar a fase dançante de sua espécie. Agora ele é pai de Erik, que tenta descobrir se tem o talento da família.

Uma série de complicações faz com que os pinguins imperadores se vejam em meio a situação difícil quanto ao seu território, limitado por enormes barreiras de gelo. Erik se sente mal por não ter a mesma facilidade para a dança quanto o pai e, ao lado dos amigos, parte em jornada de encontro interior. Preocupado, Mano sai em viagem para tentar resgatar o filho.

A animação mantém o estilo de colocar dezenas de pinguins para dançar ao som de sucessos da música pop, casos de "We Are The Champion", do Queen, "Bridge Of Light", da cantora P!nk, e "The Mighty Sven", hit do britânico Robin Williams. Canções inéditas completam a divertida trilha sonora.

Não faltam personagens secundários chamativos, como o engraçado Lovelace - que já arrancou risadas no primeiro filme com seu estilo romântico latino -, e os malucos camarões desistentes de sua vida chata no oceano. As animações continuam bonitas e com a alta qualidade do título anterior, sendo elevadas a outro nível por meio da utilização de tecnologia 3D na maioria de suas cópias.

A trama mais uma vez se desenvolve em torno de questões ambientais comoventes o bastante para encantar as crianças, mas que podem aborrecer o público adulto menos sentimental.