O pesquisador Antonio Leão da Silva Neto, de São Bernardo, pode ser considerado uma verdadeira enciclopédia do cinema brasileiro. Sua predileção pela pesquisa e por garimpar informações sobre o tema o levou a elaborar a segunda edição do respeitado 'Dicionário de Filmes Brasileiros - Curta e Média-Metragem' (Instituto Brasileiro Arte e Cultura, 1.270 páginas). O número de cópias do exemplar é limitado e a distribuição gratuita ocorre por meio de contato com o Instituto Brasileiro Arte e Cultura (www.ibacbr.com.br).

O lançamento da obra ocorre hoje, a partir das 20h, na Escola da Cidade - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (Rua General Jardim, 65. Tel.: 3258-8108), em São Paulo. O evento terá a presença do autor em noite de autógrafos e muitas histórias sobre a sétima arte nacional.

A publicação original chegou às livrarias em 2006. Nos cinco anos que se passaram desde então, o escritor reuniu novo montante de filmes, principalmente aqueles realizados em suporte digital, ou seja, que não foram feitos em película de cinema. Até mesmo títulos lançados nesta temporada até 30 de setembro estão espalhados pelas páginas. Obras sem um diretor definido foram cortadas para não causar confusão.

Apesar das 21.686 produções catalogadas - contra 17.774 obras do dicionário anterior - as atenções do pesquisador ficaram em torno das de maior relevância. "É um projeto interminável. Hoje é possível filmar com celular e não há mais um critério como antes, com a película. Foi preciso criar alguns critérios, se não iria sair fora de controle", explica Neto. "Acho que é impossível listar todos esses filmes, mas esse é o maior levantamento de curtas e médias metragens no País."

A brincadeira do autor em buscar informações por sua paixão acaba por fazer de seu trabalho um dos principais meios de conservação da história do cinema brasileiro.