O jogo treino entre Santo André e Audax, ontem à tarde, no Estádio Bruno Daniel, foi encerrado antes do fim do segundo tempo, com cenas surreais.

Após briga entre jogadores, o técnico Antonio Carlos Zago, do time da Capital, passou a xingar o zagueiro Tyrone Power (que desferiu soco em adversário) e minimizar o comandante andreense Claudemir Peixoto, que rebateu e, após o jogo, acusou o adversário.

"O maior culpado pelo transtorno foi o Antonio Carlos que, além de ofender o atleta, ainda quis menosprezar os outros", afirmou Peixoto. "Ele acabou com o jogo. Quem acompanha a carreira dele vai ver onde chegará. O tempo vai dizer. Veja onde ele está, disputando a Copa Paulista, enquanto que o Claudemir está conosco na Série C", emendou o diretor de futebol do Ramalhão, Sérgio do Prado, que trabalhou com Zago no Palmeiras.

Na primeira etapa, quando os titulares do Santo André ainda estavam em campo (venceram por 1 a 0), o jogo teve lances duros, mas foram minimizados por atletas e arbitragem.

No segundo tempo (os reservas venciam por 1 a 0), o clima continuou quente e logo o atacante andreense Claudio Mussum foi expulso em lance confuso. Pouco depois, em disputa de bola entre atleta do Audax e o zagueiro Tyrone Power, o primeiro entrou com força excessiva e o defensor devolveu com soco.

A situação gerou corre-corre tanto de jogadores que estavam em campo quanto de suplentes, comissões técnicas e Antonio Carlos Zago, exaltado,passou a ofender o zagueiro andreense, que acabou expulso.

A partir daí, Claudemir Peixoto interveio para defender o atleta e virou alvo do técnico do Audax, que tentou minimizar o comandante andreense. "Já treinei clubes grandes", esbravejava Zago, que passou por Palmeiras, São Caetano e Grêmio Prudente. "Mas estou aqui por minha competência, ninguém me colocou por esquema de empresário ou diretor", respondeu Peixoto.

Fabrício rescinde e diretoria busca peça

O atacante Fabrício não faz mais parte do elenco do Santo André. Ontem pela manhã, o atleta procurou o diretor Sérgio do Prado e, alegando problemas pessoais, solicitou a rescisão contratual. Contratado para o Paulista da Série A-2, teve poucas chances. Na Série C, estreou no segundo tempo contra o Caxias, mas três dias depois deixa o clube.

"Ele me procurou, disse que estava com problemas particulares e fez rescisão de próprio punho. Aceitei, e agora vamos tratar de repor", afirmou o dirigente.

EMAté agora, para solucionar os problemas do ataque (que conta apenas com Fábio Santos e Caihame), a diretoria buscou peças nas categorias de base, casos de Victor Hugo e Claudio Mussum. Desta vez, porém, o clube vai apelar ao mercado. DB

Duelo contra o Macaé, dia 25, terá portões fechados

A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) confirmou no início da noite de ontem o jogo entre Santo André e Macaé, no dia 25, no Estádio Bruno Daniel. Porém, a exemplo do duelo com o Caxias, será com portões fechados. Isso porque a Prefeitura ainda não protocolou o laudo de engenharia, único documento pendente para que a praça andreense seja liberada. Assim, por ora, torcedores terão de se contentar mais uma vez com árvores e buracos no muro.

A situação é reversível, no entanto, porque a partida já está confirmada para o Bruno Daniel. Caso a administração pública consiga resolver as pendências com o Ministério Público até quarta-feira (três dias antes do jogo, data limite para impressão dos ingressos), pode ser que o público seja liberado. "A torcida ainda pode sonhar. Caso contrário, só no segundo turno", disse o diretor de futebol Sérgio do Prado. DB