O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou o atual modelo do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), mantido hoje pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). A entidade formadora de Lula em 1961 está nas mãos de Paulo Skaf (PMDB), adversário do ministro da Saúde e candidato petista ao governo do Estado, Alexandre Padilha.

Durante inauguração de escola de formação profissional na subsede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em Diadema, Lula questionou o fato de o Senai cobrar pelos cursos oferecidos na instituição, diferentemente do adotado nas décadas de 1960 e 1970.

“Quando me tornei deputado (em 1986), havia movimento para acabar com o Senai. Tinha pensamento de que se havia sido bom para mim, ajudou também outras pessoas. Mas agora é preciso dizer que o Senai tem de dar curso de graça”, discursou Lula, ressaltando que o governo federal hoje investe R$ 13 bilhões no Pronatec (Programa Nacional de acesso ao Ensino Técnico e Emprego).

Pesquisa Datafolha divulgada na segunda-feira mostrou que Skaf figura na segunda colocação na corrida eleitoral paulista, atrás do governador Geraldo Alckmin (PSDB). O peemedebista apareceu com 19% das intenções de voto, percentual bem superior ao atingido por Padilha: 4%.

Apesar de petistas ainda brigarem pela aliança com o PMDB no primeiro turno estadual, Skaf se mantém irredutível e, a pouco mais de dez meses da eleição, é a figura que tem mais condições de ir ao segundo turno contra Alckmin.

ATAQUES A TUCANOS

Como fez na quarta-feira, quando recebeu título de doutor honoris causa da UFABC (Universidade Federal do ABC), Lula criticou duramente as gestões tucanas do País, comparando com seus mandatos e de Dilma Rousseff (PT).

Novamente questionando a política do PSDB de não investimento federal em escolas técnicas, o petista atacou – sem citar nomes – o ex-ministro da Educação Paulo Renato Souza (morto em 2011) na administração de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).