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Protesto de guardas-civis complica trânsito

Aos gritos de 'Ei Grana, cadê a nossa grana?', GCMs pedem aprovação de estatuto

Por Daniele Tavares Especial para o Diário
06/11/2013 | 07:01
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André Henriques/DGABC


Efetivos da GCM (Guarda Civil Municipal) e seguranças patrimoniais se concentraram no Paço de Santo André na tarde de ontem para reivindicar melhorias no estatuto, plano de carreira e aumento salarial. O protesto complicou o trânsito e houve confronto entre motoristas e manifestantes.

Com máscaras, nariz de palhaço e fogos de artifício, os manifestantes pararam o Centro da cidade, caminhando em volta do Paço Municipal e parando em frente à Câmara. “Lutamos por nossos direitos e tentamos fazer os políticos entenderem nosso ponto de vista. Estamos brigando porque queremos trabalhar com segurança, e não estão nos dando ouvidos”, diz José Pedro Silva, que faz parte da comissão do ato e guarda-civil há 14 anos.

Durante a passeata, que durou cerca de quatro horas, houve alguns tumultos. Um deles aconteceu quando o condutor de um Uno, ao tentar sair do estacionamento do Paço, foi impedido e jogou o carro para cima de quem bloqueava a passagem. “Não sou dessa cidade e não me importo com essas greves. Quero passar e ir para casa”, disse o motorista, que não quis se identificar. Ninguém se feriu.

Em outro confronto, manifestantes chutaram um carro que tentou furar o bloqueio. O motorista conseguiu passar e deixou o local.

A categoria decidiu pela manifestação após reunião no começo da semana com o secretário de Administração e Modernização, Antônio Leite. Segundo os guardas-civis, a Prefeitura ofereceu proposta de aumento de 5% (de 25% para 30%) para o bônus por risco de vida dos servidores, percentual obrigatório por lei federal, e 42 bolsas de graduação para efetivo de cerca de 800 funcionários. “O que eles ofereceram não muda a vida de nem 10% dos agentes”, indigna-se a guarda-civil Samanta Gildo.

Segundo a Prefeitura, o impacto aos cofres municipais com a proposta feita pela categoria será de R$ 1,1 milhão ao ano. A administração informou ainda que desde abril mantém negociação com os guardas.

A categoria reclama. “Já deveriam ter ocorrido por volta de cinco encontros e pelo menos duas dessas reuniões foram desmarcadas por eles”, afirma o guarda-civil há 27 anos Valdir Azevedo.




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